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    Carteira de dividendos: veja papéis mais recomendados para outubro

    Ao todo, foram analisadas as recomendações de investimentos de cinco bancos e corretoras

    Marien Ramosda CNN*

    Papéis dos setores de siderurgia, mineração e elétrico estão entre os mais recomendados para compor a carteira de dividendos em outubro, conforme instituições financeiras ouvidas pela CNN.

    Após queda acima de 3% em setembro, o Ibovespa entra no novo mês com investidores ainda repercutindo a situação fiscal do governo e expectativas com os próximos passos dos juros pelo Banco Central (BC).

    Na cena externa, as atenções se voltam à política monetária do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, aos estímulos do governo chinês para aquecer a economia e mais recentemente à escalada das tensões no Oriente Médio.

    As casas ouvidas para este mês foram: Ágora Investimentos, Santander, BTG Pactual, XP e Empiricus.

    A Vale foi a empresa mais indicada a compor a carteira de dividendos de outubro, com a recomendação de quatro dos cinco bancos e corretoras consultados, que indicaram uma melhora após a troca de CEO e das medidas de incentivo anunciadas pela China no final do mês.

    Eletrobras e Copel aparecem na sequência, com três indicações cada.

    Os papéis mais recomendados neste mês foram:

    • Vale: 4 indicações;
    • Eletrobras e Copel: 3 indicações.

    Já aquelas que receberam duas indicações como melhores pagadoras de dividendos em outubro foram: Petrobras, BB Seguridade, Telefônica Brasil, Banco do Brasil, Gerdau, Itaú Unibanco, Tim, Porto Seguro e Cemig.

    Para o Santander, a Vale se destacou na carteira pela expectativa de crescimento da demanda por minério de ferro de alta qualidade, aumento da produção registrada e consequente alta da venda, reportando “resultados sólidos”.

    O banco também classificou como positiva a escolha de Gustavo Pimenta como próximo CEO da companhia, conforme divulgado em agosto.

    Política fiscal e juros

    Conforme a Empiricus, as recentes prestações de contas deixaram o mercado incerto sobre a percepção do governo acerca da necessidade de equilibrar as contas, prejudicando o dólar e os juros futuros.

    Em agosto, as contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um rombo de R$ 22,4 bilhões com um avanço das despesas obrigatórias, informou o Tesouro nesta quinta-feira (3).

    Na pauta de juros, em setembro, o Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central (BC) tomou a decisão unânime de aumentar a taxa básica em 0,25 ponto, passando a Selic ao patamar de 10,75% ao ano, em meio a riscos para alta da inflação.

    Já o Fed foi em uma direção contrária, optando por cortar os juros nos EUA em 0,5 ponto, o primeiro movimento para baixo desde 2020.

    “A sinalização foi de mais cortes pela frente e de uma economia norte-americana ainda resiliente, o que afastou as chances de uma recessão, pelo menos por enquanto”, diz a corretora.

    Cenário externo

    No cenário internacional, a China deu um gás no sentimento positivo do mercado ao anunciar inúmeros estímulos, “ajudando nomes de peso de mineração e siderurgia brasileiros”, avaliou a Empiricus.

    Sobre esse movimento, a XP explicou que “como resultado, as ações chinesas entraram em um novo mercado em alta, e os setores expostos à China se recuperaram também”, a exemplo daqueles ligados às commodities no Ibovespa.

    Já a BTG pondera que ainda existem dúvidas sobre o impacto de longo prazo dessas medidas e as forças especulativas estão claramente contribuindo para a alta do preço do minério de ferro, sendo necessário “ajustar os portfólios”.

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