Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para agosto
Levantamento da CNN considerou preferências de seis instituições financeiras
A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em agosto. É a terceira vez consecutiva que a petroleira lidera a lista.
O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, Guide, BTG Pactual, Ágora e XP Investimentos.
Os papéis mais recomendados foram:
- Petrobras: 5 recomendações
- Eletrobras: 4 recomendações
- Vale: 4 recomendações
- Itaú: 4 recomendações
- BB Seguridade: 3 recomendações
- Banco do Brasil: 3 recomendações
Em abril, o conselho de administração da Petrobras aprovou o repasse de 50% do valor total dos dividendos da companhia, referente ao exercício de 2023, após diversos impasses.
O Santander analisa que “as capacidades de produção e exploração da empresa, lideradas por seus ativos de alta qualidade do pré-sal, permanecerão em vigor, apesar das incertezas no Conselho Administrativo”.
Tensões e alívios
Segundo analistas, o mercado de risco está aquecido, após posicionamentos do governo em linha com o equilíbrio fiscal e o Ibovespa, principal índice do mercado doméstico, elevando os ânimos.
“O presidente Lula, junto com a equipe econômica, finalmente começaram a mostrar alguns sinais de contenção de gastos (…) talvez tenhamos as condições propícias para receber esse fluxo até o fim do ano, ainda mais considerando que o Ibovespa segue muito barato”, analisou a equipe da Empiricus.
Na segunda-feira (22), o governo oficializou o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões e o bloqueio de R$ 11,2 bilhões do Orçamento deste ano, a fim de garantir o cumprimento do arcabouço fiscal.
O anúncio veio após falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que levantou certo ceticismo no mercado sobre a responsabilidade fiscal que deveria ser adotada.
Enquanto isso, o Ibovespa encerrou o último pregão de julho com alta de 1,2%, acumulando um avanço de 3% no mês — segundo aumento consecutivo no período.
“O cenário corrobora com uma melhora do sentimento do mercado, já que a maioria dos índices globais de ações encerrou o mês em território negativo”, avaliou a XP.
Além disso, a Empiricus pontuou que as notícias vindas dos Estados Unidos também ajudaram, à medida que “dados de inflação e de atividade mostraram desaceleração, aumentando as perspectivas de cortes de juros mais cedo e com maior intensidade pelo Fed”.
Na última reunião, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu por manter a taxa de juros inalterada, mas abriu a porta para reduzir os custos dos empréstimos já na próxima reunião, em setembro, conforme a inflação continua a se alinhar com a meta de 2%.
Na mesma linha, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve os juros inalterados no patamar de 10,5% ao ano, conforme decisão unânime publicada na quarta-feira. Foi o segundo encontro seguido de congelamento da Selic desde maio deste ano.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa