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    Carteira de dividendos: veja ações mais recomendadas para investir em junho

    CNN compilou doze opções que devem navegar com solidez pelo atual momento

    Pedro Zanattada CNN , em São Paulo

    O mês de maio foi marcado, internamente, pela aprovação do novo marco fiscal, enquanto no cenário externo, as negociações para o novo limite do teto da dívida dos Estados Unidos.

    Além disso, no Brasil, dados de inflação surpreenderam positivamente, aumentando as apostas dos analistas do mercado financeiro para uma queda dos juros ainda este ano.

    Já o Ibovespa fechou o mês de maio com saldo positivo de 3,74% ante abril. Enquanto o dólar, no acumulado mensal, subiu 1,72% ante o real.

    Para junho, a CNN compilou doze ações que devem navegar com solidez pelo atual momento e render bons dividendos aos investidores.

    Entres os papéis preferidos dos especialistas, destaque para Petrobras e Engie, com sete recomendações cada, seguidos por Banco do Brasil e Vale, ambas com seis indicações.

    Para a composição da carteira de dividendos mais recomendados deste mês, a CNN contou com a colaboração das análises do BTG Pactual, Banco do Brasil, Inter, Santander, XP, Ativa, Guide e Warren Investimentos.

    Cenário

    De acordo com a análise do BTG Pactual, o ambiente de investimentos do Brasil melhorou consideravelmente em maio, após uma série de desenvolvimentos positivos no lado fiscal, político e dados macroeconômicos indicando uma atividade econômica e inflação melhores do que o esperado.

    Para a instituição, a inflação mais baixa reforça que o Banco Central (BC) pode começar a cortar a taxa Selic entre agosto e setembro.

    Na segunda-feira (5), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o Brasil tem índices de inflação menores que a média dos países do mundo desenvolvido pela primeira vez na história.

    Segundo o banco, as taxas de juros reais, medidas pelos títulos públicos NTN-B 2035, terminaram maio em 5,5%, ante 5,9% em abril e 6,2% em março.

    “Vemos espaço para que as taxas continuem caindo, especialmente se o governo puder mostrar claramente maneiras de aumentar as receitas adicionais”, disse o BTG.

    Já a Ativa diz que mantém uma visão cautelosa no longo prazo, porém mais otimista para horizontes mais breves.

    A consultoria entende que a aproximação do possível início do período de redução dos juros, somado a um ambiente político ainda ruim, mas com algumas demonstrações de força por parte do Congresso e com o nível de valuation muito atrativo das empresas, devem manter o mercado com tendência de alta.

    Veja a carteira completa abaixo:

    Destaques do mês

    Petrobras

    Ação: PETR4

    Comentário: Inter

    A Petrobras é a maior empresa de exploração e produção de O&G do Brasil. Atualmente, seus esforços concentram-se nos campos do pré-sal, nos quais consegue ter baixo custo de extração e, por consequência, alta rentabilidade.

    A empresa também possui a grande maioria das refinarias do Brasil, vendendo então combustíveis em diversas regiões a margens bem competitivas.

    O Inter estabelece que sua tese para a recomendação se baseia em “três pilares principais que são primordiais para a continuidade dos bons resultados que a empresa tem entregado”. São eles: o crescimento da produção nos campos do pré-sal, o baixo custo de extração e os preços de revenda competitivos.

    “Para 2023, esperamos um preço do barril de petróleo perto dos US$ 70/80, uma vez que a demanda segue aquecida e a oferta apresenta suas restrições, fazendo então que a empresa mantenha a forte geração de caixa”, avalia a instituição.

    Itaú Unibanco

    Ação: ITUB4

    Comentário: XP

    Segundo a XP, em maio, as ações do Itaú Unibanco subiram +3,9%, abaixo do Ibovespa e do IFNC (+5,7% e +8% no mesmo período, respectivamente). Apesar dos fortes resultados do primeiro trimestre, divulgados em maio, a corretora atribui a performance abaixo dos pares a uma queda na curva de juros.

    “Isso pode ter levado os investidores a comprar ações mais alavancadas a taxas de juros mais baixas e que estavam com uma performance defasada no ano. Reiteramos que o Itaú segue com operação mais eficiente entre os grandes bancos brasileiros, o que o coloca em boa posição para navegar o cenário macroeconômico desafiador que está por vir”, considera a XP.

    Segundo a instituição, os diferenciais do Itaú são: índice de cobertura bastante saudável (e acima da média histórica) enquanto mantém as taxas de inadimplência sob controle; uma boa exposição as linhas de crédito ao consumo, que possuem rápido crescimento; sólido histórico de M&As e parcerias; e valuation atrativo.

    Sendo assim, a XP avalia como uma boa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 34,0/ação para 2023.

    Banco do Brasil

    Ação: BBAS3

    Comentário: BTG Pactual

    O BTG reitera a recomendação de compra pós 1° trimestre. Conforme sinalizado várias vezes em relatórios anteriores, o banco diz que sua visão mais otimista sobre as ações do BB (atualizadas para compra no início de 2022) tem muito a ver com um valuation barato.

    “O que acreditamos ser um balanço patrimonial muito bom juntamente com forte momento operacional. O BBAS3 negociou com um valuation barato por muito tempo (por anos, foi sem dúvida uma “armadilha de valor”)”.

    Mas, tendo coberto o banco por cerca de 15 anos, não nos lembramos de ter visto o BB negociando com um P/L tão baixo em relação aos pares, apesar da excelente visibilidade dos resultados.

    Embora o desempenho da ação em 2022 e no acumulado do ano deixe a avaliação do BTG um pouco menos otimistas sobre o desempenho superior do BB em relação aos pares, a instituição acredita que os múltiplos de valuation precificam uma forte deterioração do ROE.

    “Também não vemos o ROE atual de 21% como recorrente. Mas quanto mais tempo ele fica próximo a esses patamares, fica difícil ficar “contra” a ação”, conclui o banco.

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