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    Carteira de dividendos: veja ações mais recomendadas para investir em fevereiro

    Itaú ganha a preferência dos analistas entre as empresas para investir e obter bons retornos no mês, seguido por Engie, Vale e CPFL Energia

    Fabrício Juliãoda CNN em São Paulo

    Os ganhos do Ibovespa de 3,6% no primeiro mês do ano mantém a crença dos analistas de mercado de que a bolsa brasileira está bastante descontada e tem potencial de crescimento, principalmente em razão da entrada de capital estrangeiro no país.

    Para o mês de fevereiro, a CNN compilou oito das ações mais recomendadas por alguns dos principais bancos e corretoras do Brasil, que devem surfar na onda do momento para render bons dividendos.

    O ativo mais recomendado foi o do Itaú. A ação do banco teve cinco recomendações, seguida por Engie, Vale e CPFL Energia, que também continuam entre as principais apostas, assim como em janeiro, com quatro indicações cada.

    Veja a carteira completa abaixo:

    Para a composição da carteira de ações mais recomendadas para dividendos em fevereiro, a CNN contou com a colaboração de: XP, BTG Pactual, Santander, Banco do Brasil, Terra, Guide, Warren, e Ativa Investimentos.

    Momento

    Segundo analistas de mercado, melhores perspectivas para a economia global, como a reabertura da China, podem continuar a conceder impactos positivos para os países emergentes, especialmente exportadores de commodities como o Brasil.

    Por outro lado, o mercado ainda está receoso devido às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação fiscal do país. Isso foi atenuado com as declarações do ministro Fernando Haddad de que pretende entregar uma âncora fiscal crível ainda no primeiro semestre, mas o tópico continua sendo observado de perto pelo mercado.

    No cenário externo, o aumento dos juros nos EUA e a desaceleração da economia norte-americana fazem com que o dólar perca força ante o real, e os investidores se voltem ao Brasil. Por outro lado, a manutenção da Selic em patamar elevado pode impactar os resultados das empresas e frustrar expectativas sobre as operações e receitas.

     

    Destaques

    Itaú Unibanco

    Ação: ITUB4

    Comentário: XP

    A combinação de seu histórico de rentabilidade líder no setor (decorrente de sua eficiência operacional e longo histórico de concessão de crédito) e forte exposição às linhas de crédito ao consumidor para pessoas físicas devem abrir o caminho para o Itaú liderar o setor na frente de crédito próximos anos. Vemos o banco como capaz de continuar crescendo sua carteira de crédito no curto prazo, mantendo sua inadimplência em níveis saudáveis, principalmente suportado pelo seu sólido histórico em ciclos econômicos anteriores.

    Engie

    Ação: EGIE3

    Comentário: Terra Investimentos

    A Engie é a maior produtora privada de energia elétrica do Brasil, com capacidade instalada própria de 10.791MW em 72 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade do país. Com a aquisição da TAG, a empresa é agora também detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios.

    Temos uma visão positiva para 2023, tendo em vista o avanço dos projetos de transmissão e os novos contratos de venda de energia fechados pela empresa, que somaram 142 MW médios entre 2022 e 2027. Nosso preço-alvo em 12 meses é de R$ 47 para a ação, enquanto o dividend yield é de 7,60% e o payout 2021, 84,35%.

    Vale

    Ação: VALE3

    Comentário: BTG Pactual

    A empresa continua sendo um dos nossos nomes preferidos para exposição à reabertura da economia chinesa. À medida que avançamos para 2023, esperamos que a atividade econômica se recupere gradualmente à medida que o governo diminui as restrições e ajuda a moderar a correção do mercado imobiliário. Seu momento operacional deve continuar a se recuperar à medida que a produção e os custos (tanto para suas divisões de minério de ferro e metais básicos) devem melhorar nos próximos trimestres.

    Gostamos da entrada de um acionista de referência (Cosan) no conselho da Vale e vemos uma potencial monetização da divisão de metais básicos como um potencial gerador de valor para os investidores de longo prazo. Em nossa opinião, a administração permanece altamente disciplinada em sua estratégia de alocação de capital (pouco capex de crescimento), e esperamos que a maior parte da agenda estratégica de médio prazo seja voltada aos retornos de caixa dos acionistas – projetamos um yield de 10-11% para 2023, incluindo recompras de ações. Reiteramos nossa recomendação de compra.

    CPFL Energia

    Ação: CPFE3

    Comentário: Santander

    Acreditamos que a CPFL é uma boa opção para 2023, pois seu valuation continua atraente (TIR real implícita de 12,3%) e o fluxo de caixa da empresa permanece estável, com risco limitado, a nosso ver. Baseamos nossa visão positiva da CPFL em: posicionamento defensivo; geração de caixa estável; baixa exposição ao déficit hídrico (GSF); e diversificação do portfólio.

    Vemos a empresa bem posicionada em todos os segmentos. No segmento de distribuição, a CPFL está presente em regiões de baixa inadimplência e perdas. Na geração, a companhia tem menor exposição a preços de energia de longo prazo e GSF. Na transmissão, além de suas características de proteção contra a inflação e fluxo de caixa estável e previsível, acreditamos que a empresa poderia aumentar as receitas por meio de um novo capex.

    Também gostamos do forte dividend yield esperado (15,4% para os próximos três anos) e acreditamos que a CPFL poderia potencialmente pagar dividendos extraordinários caso o governo decida tributar os dividendos.

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