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    Bolsas da Europa fecham em alta, em jornada volátil e com saída de Truss em foco

    Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,26%, em 398,77 pontos

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Os mercados acionários da Europa registraram ganhos, nesta quinta-feira (20), em sessão volátil. A renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, esteve em foco, com reação inicial negativa em Londres, mas posteriormente os índices se firmando em território positivo, em meio a avaliações sobre os próximos capítulos na política britânica e seus efeitos na economia.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,26%, em 398,77 pontos.

    A abertura europeia foi majoritariamente negativa, ampliando as perdas do pregão anterior, quando a inflação ainda forte no continente pesou no sentimento. Nesta quinta, a inflação seguia como foco, com dados da Alemanha, mas a política esteve em primeiro plano.

    Liz Truss confirmou sua renúncia à posição de líder do Partido Conservador, perdendo por consequência o comando do governo do Reino Unido. Ela disse que segue no cargo até sua sigla escolher o sucessor e informou que uma nova eleição interna deve ser finalizada ainda na próxima semana.

    A Eurasia vê o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak como o favorito ao posto, com 35% de chance, mas com a ex-candidata ao cargo Peny Mourdant pouco atrás, com 30%. A consultoria prevê uma disputa difícil, mas também acredita que há pressa entre os conservadores para resolver o assunto.

    Da perspectiva dos mercados, o deVere Group acredita que a saída da premiê deve aumentar temores. A consultoria acredita em um rali de alívio, mas “de curta duração, pois a agitação política permanece”. A Capital Economics, por sua vez, dizia que um próximo premiê teria de apertar planos fiscais, para dar mostras de contenção aos mercados, o que pode provocar recessão “mais profunda” no Reino Unido.

    Na agenda de indicadores da região, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha avançou 45,8% em setembro, na comparação anual, na máxima desde o início da série histórica, em 1949. Já na comparação mensal a alta foi de 2,3% em setembro ante agosto, menos que o avanço de 7,9% do mês anterior.

    Nesse contexto, a NatWest afirma esperar uma alta de 75 pontos-base nos juros na próxima semana pelo Banco Central Europeu (BCE), e o banco projeta ainda elevações de 50 pontos-base em dezembro e de 25 pontos-base no início de 2023.

    • Na Bolsa de Londres, a reação inicial à saída de Truss foi de virada para baixo, porém adiante houve recuperação. O índice FTSE 100 fechou em alta de 0,27%, em 6.943,91 pontos.
    • Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,20%, a 12.767,41 pontos.
    • Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 avançou 0,76%, a 6.086,90 pontos.
    • O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, registrou ganho de 1,07%, a 21.701,50 pontos.
    • Em Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,80%, a 7.644,40 pontos.
    • Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,74%, a 5.466,48 pontos.

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