Bolsas da Ásia fecham em baixa, de olho em aperto monetário e Covid-19 na China
Índice Xangai Composto teve queda de 1,92%, a 3.107,12 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,78%, a 2.003,20 pontos
As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira (19) em meio a temores de recessão global diante do aperto monetário promovido por grandes bancos centrais do Ocidente e preocupações renovadas com a situação da Covid-19 na China.
Os mercados chineses lideraram as perdas: o índice Xangai Composto teve queda de 1,92%, a 3.107,12 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,78%, a 2.003,20 pontos.
A capital Pequim registrou seus primeiros óbitos por Covid-19 em duas semanas, após o governo chinês relaxar sua severa política contra a doença. Há também relatos não oficiais sobre uma nova onda de infecções.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 1,05% em Tóquio, a 27.237,64 pontos, enquanto o Hang Seng cedeu 0,50% em Hong Kong, a 19.352,81 pontos, o sul-coreano Kospi teve modesta perda de 0,33% em Seul, a 2.352,17 pontos, e o Taiex registrou baixa de 0,66% em Taiwan, a 14.433,32 pontos.
Além da questão da covid na China, pesou no sentimento dos investidores asiáticos a preocupação de que a economia global entre em recessão à medida que grandes BCs ocidentais seguem elevando seus juros para combater pressões inflacionárias.
Na semana passada, o americano Federal Reserve (Fed), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) aumentaram suas principais taxas de juros em 50 pontos-base.
Também houve sinalização de que 2023 trará mais aperto monetário.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo terceiro pregão seguido, também influenciada pelos possíveis efeitos dos ajustes de juros. O S&P/ASX 200 caiu 0,21% em Sydney, a 7.133,90 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.