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    BNDES pode repetir os erros do passado com empréstimos, dizem economistas

    Após a posse de Aloizio Mercadante, especialistas falam sobre o direcionamento que instituição podem tomar

    Diego MendesPoduzido por Rafael SaldanhaProduzido por Thiago Felixda CNNProduzido por Ludmila Candalda CNN* , São Paulo

    Nesta segunda-feira (6), o economista chefe do Banco Master, Paulo Gala; Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria; e a economista e advogada, Elena Landau, economista e advogada, falaram à CNN sobre os caminhos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, pode tomar após a posse de Aloizio Mercadante.

    Alessandra Ribeiro disse que o BNDES estava dando muito certo e, todas as mudanças realizada desde meado de 2016, surtiram efeitos muito importantes.

    “O banco ficou com o foco onde tem que estar, incentivando e apoiando projetos de infraestrutura — que gera uma externalidade positiva para a sociedade brasileira — e outros projetos focados em inovação”, pontuou.

    Para Ribeiro, o banco deve manter o foco em projetos que fazem sentido. “O receio dessas colocações é a gente ter uma volta ao passado, com custo, seja para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), seja para o Tesouro, são absolutamente desnecessários”, diz.

    Landau vai na mesma linha. Ela afirma que, primeiramente, é preciso entender uma questão de filosofia da nova administração, que, na sua visão, é equivocada. “Tem uma ideia que vem do PT há muitos anos de que a instituição precisa induzir crescimento, que o BNDES precisa chegar lá e atrair pessoas e empresários ao banco e aí induzir o crescimento”.

    Além disso, ela cita que, voltar com linhas especiais, taxas de juros diferenciadas, alegando que não há custos, é um erro. “Obviamente que tem custo, como o FAT, por exemplo. O fundo é formado por dinheiro de impostos, então tem um custo de oportunidade. Esse negócio de dizer que mudar a taxa de remuneração não causa impacto, é uma bobagem”.

    Já Gala acredita que o banco está com uma visão no futuro. “Mercadante deixou bem claro que eles estão com esse receio. Todo o discurso foi no sentido de falar que o BNDES não está fazendo o mesmo do passado e que estão preocupados em olhar para frente”.

    Demandas como a transição energética, transição ambiental, estímulos à inovação, às pequenas e média empresa, foram colocadas no debate pelo economista. “Estas questões não foram o foco lá atrás nas administrações petistas. O próprio quadro técnico que tem hoje, se olhar o perfil dos diretores chamados para o BNDES são profissionais ligados a essa questão de apoio à proteção ambiental, energética e de inovação”, destacou.

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