Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    BC do Japão mantém juros negativos apesar de inflação mais forte que esperado

    Banco do Japão também deixou intacta sua visão de que a inflação vai desacelerar ainda este ano e a promessa de sustentar "pacientemente" estímulos fortes

    Por Leika Kihara e Tetsushi Kajimoto, da Reuters

    O banco central do Japão manteve a política monetária ultrafrouxa nesta sexta-feira (16), apesar da inflação mais forte do que o esperado, sinalizando que continuará sendo uma exceção entre os bancos centrais globais e que se concentrará no apoio à recuperação econômica.

    O Banco do Japão também deixou intacta sua visão de que a inflação vai desacelerar ainda este ano e a promessa de sustentar “pacientemente” estímulos fortes, sugerindo seu desejo de aguardar até que haja clareza sobre quanto tempo durará a alta dos preços impulsionada pela demanda.

    “Esperamos que a tendência da inflação aqueça conforme a atividade econômica se fortalece e o mercado de trabalho aperta. Mas existe uma grande incerteza sobre as negociações salariais do próximo ano e a sustentabilidade do crescimento dos salários”, disse o presidente do banco, Kazuo Ueda.

    Mas com a inflação acima da meta de 2% do Banco do Japão há mais de um ano e com analistas duvidando de sua visão de que o recente aumento dos preços por conta dos custos seja transitório, Ueda deixou a porta aberta para uma possível mudança ao descartar alertas sobre os riscos à inflação.

    “No momento, a inflação supera 2% há 13 meses seguidos, mas pode ir abaixo desse nível à frente. É por isso que não estamos normalizando a política monetária. Mas se essa visão mudar muito, teremos que mudar”, disse ele.

    Como amplamente esperado, o banco central manteve sua meta de taxa de juros de curto prazo de -0,1% e um limite de 0% no rendimento dos títulos de 10 anos, definido sob sua política de controle da curva de rendimento.

    A decisão contrasta fortemente com a do Banco Central Europeu, que elevou os custos dos empréstimos para o maior nível em 22 anos na quinta-feira (15) e sinalizou a probabilidade de novos aumentos.

    Também nesta semana, o Federal Reserve sinalizou na quarta-feira (14) que ainda não encerrou sua luta contra a inflação nos Estados Unidos.

    Tópicos