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    Ação da Ambev é um copo meio cheio para o Credit, mas meio vazio para o BTG

    Apesar de todo o otimismo, há um fato curioso no relatório assinado pelo Credit Suisse: o banco diminuiu o seu preço alvo para ação de R$ 20 para R$ 18

    André Jankavski, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Uma das ações queridinhas do mercado está voltando da hibernação? Segundo o banco Credit Suisse, a Ambev (ABEV3) é “um gigante que acordou”. Para a instituição o papel tem condições de valorizar 35% nos próximos 12 meses.

    De acordo com o banco de investimento suíço, a líder de boa parte do mercado de cervejas no Brasil deve reportar um crescimento de 14% em volume de cervejas no terceiro trimestre.

    O Credit Suisse enxerga que o desempenho foi fermentado pela força da empresa em um cenário competitivo (já que possui cerca de 60% do mercado), reabertura de bares e restaurantes e preços mais baratos do que a sua principal concorrente, a Heineken. Em setembro, a rival holandesa afirmou que iria aumentar os preços por causa da valorização do dólar.

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    Além disso, o banco se segura nos dados divulgados na alta da produção de cerveja, que está se recuperando do tombo do início da quarentena: alta de 20% em agosto, 23% em julho e 15% em junho.

    Apesar de todo o otimismo, há um fato curioso no relatório assinado pela analista Marcella Recchia: o Credit Suisse diminuiu o seu preço alvo para ação. Foi de R$ 20 para R$ 18.

    Otimismo não é geral

    O banco suíço, aliás, já vinha sendo o mais otimista dentro do universo daqueles que analisam os resultados da Ambev. O BTG Pactual (BPAC11), no entanto, enxerga que o preço da ação ficará estacionado nos R$ 13 pelos próximos 12 meses.

    As expectativas de produção também são mais baixas do que as do Credit Suisse: o BTG enxerga que o crescimento do volume de cerveja da Ambev será de apenas 3,4%. Na operação brasileira, contudo, a alta será mais robusta, de 17%.

    Mas o que preocupa o BTG são as margens. “A Ambev não depende mais apenas do sucesso de suas marcas principais, mas também precisa se recuperar nas vendas no comércio”, escreveram Thiago Duarte e Henrique Brustolin no relatório. “E acreditamos que essa nova mentalidade voltada para o comercial vai baixar as margens.”

    Há, no entanto, pontos positivos. “A empresa sempre tem navegado pelas crises bem historicamente, como no segundo trimestre, em que se adaptou às mudanças de hábitos e acelerou processos de digitalização”, disseram. Mas isso não será o suficiente, segundo o BTG, para uma recuperação de curto e médio prazo das ações, que já caíram 27,5% neste ano.

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