9 em cada 10 pretendem sacar FGTS caso tenham direito, diz pesquisa
Instituto Realtime Big Data aponta, porém, que 73% das pessoas não têm conhecimento da medida do governo para destravar valores
91% dos brasileiros pretendem sacar o saldo total do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caso tenham direito ao saque-aniversário, aponta levantamento do Instituto Realtime Big Data divulgado nesta quarta-feira (26).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve assinar nessa sexta-feira (28) uma medida provisória (MP) para liberar o saldo do fundo para os trabalhadores demitidos sem justa causa que tiverem aderido à modalidade.
De acordo com o governo, os valores serão creditados automaticamente na conta cadastrada no FGTS em duas etapas. Na primeira, serão liberados até R$ 3 mil.
A expectativa é de que a liberação dos recursos injete R$ 12 bilhões na economia brasileira.
Falta de informações
Porém, a maioria dos respondentes (73%) disse não ter conhecimento sobre a proposta.
“Os números da pesquisa mostram a baixa adesão da informação sobre a Medida Provisório na sociedade, que ainda tem pouco conhecimento sobre o assunto”, observa Wilson Pedroso, sócio estrategista do Realtime Big Data.
“Fica evidente que o Governo Lula ainda precisa realizar um trabalho estratégico de comunicação para fazer essa mensagem chegar aos brasileiros. A tendência é de que o tema se torne mais abrangente a partir da publicação da MP”.
Como pretendem utilizar o valor?
O levantamento apontou que 74% dos brasileiros pretendem utilizar o dinheiro sacado para quitar dívidas. Enquanto isso, 14% pretendem realizar investimentos e 12% usar o recurso para outros fins.
“A pesquisa traz a comprovação de que a MP proposta pelo governo Lula tem alta densidade de aceitação popular, principalmente em função do fator do endividamento das pessoas e a pressa para o sanar, tendo em vista a alta preferência dos entrevistados em terem acesso imediato ao recurso”, pontua Bruno Soller, cientista político do Realtime Big Data.
Com informações de Danilo Moliterno e Iuri Pitta, da CNN Brasil
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