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    Fenômeno “Barbenheimer” pode ser a salvação da indústria cinematográfica pós-pandemia

    Juntos, "Barbie" e "Oppenheimer" faturaram R$ 2,42 bilhões no fim de semana de abertura

    Veja como maratonar Barbie e Oppenheimer no mesmo dia nos cinemas
    Veja como maratonar Barbie e Oppenheimer no mesmo dia nos cinemas Ilustração CNN/Adobe Stock/Universal Pictures/Warner Bros. Pictures

    Anna Coobanda CNN

    Os sucessos de bilheteria “Barbie” e “Oppenheimer” melhoraram o ânimo da indústria cinematográfica, alimentando esperanças de que os consumidores estão voltando ao ritmo pré-pandemia três anos após o fechamento dos cinemas por conta das medidas restritivas.

    Os filmes arrecadaram US$ 511 milhões (R$ 2,42 bilhões) em vendas de bilheteria no fim de semana de estreia, de acordo com o Boxoffice.com, que citou dados da Warner Bros., produtora de “Barbie”, e da Universal Studios, que está por trás de “Oppenheimer”.

    Foi “Barbie” que ficou no topo, ganhando US$ 337 milhões (R$ 1,60 bilhões) globalmente, em comparação com os US$ 174 milhões (R$ 826 milhões) de “Oppenheimer”. Isso deu ao filme da boneca da Mattel a maior abertura de fim de semana de 2023 até agora e a maior estreia de uma diretora.

    Timothy Richards, executivo-chefe da Vue International, a maior operadora privada de cinema da Europa, disse em um comunicado no domingo (23) que esse foi o maior fim de semana dos últimos quatro anos em vendas de ingressos.

    “A Vue teve seu maior número de admissões de fim de semana desde ‘Vingadores: Ultimato’ em 2019”, disse Richards, acrescentando que foi “um momento incrivelmente empolgante para a indústria”.

    Divulgação

    A bilheteria encerra semanas do marketing intenso de ambos os filmes, especialmente “Barbie”, comédia e drama existencial da diretora Greta Gerwig sobre a busca da icônica boneca por significado, relevância e o enfrentamento ao sexismo do mundo real.

    Aqui no Brasil, o Burger King fez hambúrgueres com molho rosa para divulgação do filme. Além disso, a Crocs lançou uma linha de sandálias rosa choque e o Airbnb criou uma versão em tamanho real da Malibu DreamHouse da Barbie para alugar na Califórnia.

    O contraste com “Oppenheimer” da Universal Studios não poderia ser maior. O filme, dirigido por Christopher Nolan, acompanha a jornada do físico americano J. Robert Oppenheimer, do jovem gênio a diretor do Projeto Manhattan, no qual chefiou a criação da bomba atômica.

    No entanto, a estreia simultânea parece ter alimentado o interesse em ambos. AMC, a maior rede de cinemas do mundo, disse na semana passada que 60.000 pessoas compraram ingressos para ver os dois filmes no mesmo dia.

    Marketing espontâneo

    Afetados pela baixa venda de ingressos e uma onda de fechamentos permanentes desde o início da pandemia, o sucesso do fenômeno “Barbenheimer” – auxiliada e incentivada por uma indústria caseira de memes – pode ser exatamente o que os cinemas precisavam.

    “As pessoas reconheceram que algo especial estava acontecendo e queriam fazer parte disso”, disse Michael O’Leary, presidente e CEO da Associação Nacional dos Proprietários de Teatro dos Estados Unidos, à CNN.

    Contudo, ainda não é garantido que o sucesso de ambos os filmes signifique o “renascimento” da indústria cinematográfica. Filmes de grande orçamento como “The Flash” da DC e “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” da Disney tiveram um desempenho abaixo do esperado neste verão.

    Além disso, a greve dos atores e roteiristas de Hollywood sobre salários e condições de trabalho interrompeu temporariamente a produção na maioria dos filmes.

    O custo financeiro da pandemia foi imenso. A Cineworld, segunda maior rede de cinemas do mundo e proprietária da Regal Cinemas, entrou com pedido de falência em setembro. A empresa registrou um prejuízo total de US$ 3,3 bilhões (R$ 15,84 bilhões) entre 2020 e 2021. Até agora, a rede fechou 51 das salas de cinema da Regal nos Estados Unidos.

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    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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