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    Fed reforça postura mais restritiva para controlar inflação nos Estados Unidos

    Oficiais do banco central americano disseram que elevaram suas avaliações sobre o caminho dos aumentos das taxas de juros, que provavelmente serão necessários para atingir as metas

    Da Reuters

    Oficiais do Federal Reserve (Fed) concordaram que precisam mudar para uma postura mais restritiva – e mantê-la por algum tempo – para cumprir a meta do banco central dos Estados Unidos de reduzir a inflação, mostrou nesta quarta-feira (12) a ata da reunião do mês passado.

    As atas da reunião de 20 a 21 de setembro mostraram que muitos diretores do Fed “enfatizaram que o custo de tomar poucas medidas para reduzir a inflação provavelmente supera o custo de tomar muitas medidas”.

    Na reunião, muitos deles disseram que elevaram suas avaliações sobre o caminho dos aumentos das taxas de juros que provavelmente serão necessários para atingir as metas do comitê.

    Dito isso, vários participantes da discussão disseram que seria importante “calibrar” o ritmo de mais aperto de política monetária com o objetivo de mitigar o risco de efeitos adversos significativos nas perspectivas econômicas.

    Na reunião do mês passado, o Fed elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida, no esforço para reduzir a inflação das máximas de 40 anos, e o presidente do Fed, Jerome Powell, prometeu depois que “continuará assim até estarmos confiantes de que o trabalho está feito”.

    Os formuladores de políticas do banco central dos EUA veem uma necessidade urgente de lidar com a inflação, que eles temem ter risco de se tornar incorporada, mesmo que o aperto agressivo da política monetária tenha o custo de um desemprego mais alto.

    As últimas semanas marcaram uma virada do mercado financeiro que nos últimos meses vinha se agarrando à convicção de que o Fed reverteria rapidamente o curso no próximo ano e cortaria as taxas diante da desaceleração do crescimento e aumento do desemprego.

    Autoridades do Fed rejeitaram abertamente essa expectativa, dizendo que esperam deixar as taxas elevadas por algum tempo depois de terminarem de aumentá-las.

    À medida que os mercados digeriram o tom mais duro do Fed, o resultado tem sido perdas esmagadoras para os mercados de ações dos EUA, rendimentos da dívida do governo em alta e um dólar em ascensão, agravando as condições fracas nos mercados globais.

    As projeções dos formuladores de políticas divulgadas na reunião do mês passado mostram a taxa básica de juros do Fed, atualmente na faixa de 3% a 3,25%, a maior desde 2008, subindo para a faixa de 4,25% a 4,50% até o final deste ano e terminando 2023 em 4,50% a 4,75%.

    A projeção para o final de 2022 sugere que mais um aumento de 75 pontos-base é provável nas duas reuniões restantes do banco central deste ano.

    Dados recentes de inflação mostraram pouca ou nenhuma melhora apesar do aperto agressivo do Fed e o mercado de trabalho continua robusto com os salários subindo solidamente.