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    Falta de chips reduz recuperação do lucro da Nissan após perda recorde

    A indústria automotiva global luta contra a escassez de chips desde o final do ano passado

    A Nissan Motor espera atingir um equilíbrio financeiro neste ano fiscal, desafiando as expectativas de um retorno ao lucro, uma vez que a escassez global de chips restringe a recuperação da montadora de um prejuízo operacional anual recorde.

    “O ano fiscal de 2020 foi dominado pela pandemia Covid-19 e impactado por vários fatores, incluindo o crescimento da consciência ambiental e mudanças políticas e econômicas”, disse o presidente-executivo da empresa, Makoto Uchida.

    A previsão da Nissan, fabricante de automóveis número 3 do Japão em vendas, de atingir o ‘break even’ para o ano que começou em 1º de abril destoa da previsão de lucro de 241,7 bilhões de ienes (2,23 bilhões de dólares) apontada pela SmartEstimate.

    “Se olharmos para os desafios imediatos de hoje, há um grande impacto dos riscos de negócios, como o aumento dos preços de semicondutores e commodities … então, neste momento, prevemos lucro operacional estável”, disse Uchida em uma conferência online sobre o resultado, acrescentando que a Nissan dará atualizações sobre projeção após o primeiro trimestre.

    A indústria automotiva global luta contra a escassez de chips desde o final do ano passado, agravada nos últimos meses por um incêndio em uma fábrica da importante fabricante de chips automotivos Renesas Electronics no Japão e apagões no Texas, onde vários fabricantes de chips têm plantas.

    Isso forçou a Nissan a cortar a produção em 130.000 veículos no ano fiscal que acabou de terminar, embora a empresa tenha conseguido recuperar a metade dessa produção, disse o diretor de operações da companhia, Ashwani Gupta.

    A contínua escassez de semicondutores, principalmente devido ao incêndio na fábrica da Renesas, impactará a Nissan no primeiro trimestre e também provavelmente afetará a produção de 500.000 veículos da Nissan este ano, disseram executivos da montadora. A empresa espera recuperar metade da produção afetada no segundo semestre do ano, acrescentaram.

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