Demos oportunidade para o debate e não há possibilidade de adiar a votação, diz Lira
Presidente da Câmara dos Deputados também garantiu que a decisão será concluída hoje: "Vamos concluir hoje, nós vamos votar hoje. Se tiver voto para primeiro turno, certamente vai ter para um segundo"
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que não existe possibilidade da votação da reforma tributária ser adiada. “Entendemos que esse tema está seguro e bastante discutido”, afirmou.
Ainda sobre um possível adiamento no debate da pauta, Lira disse que “quem está aventando essa possibilidade, creio que não irá votar a favor do tema, nem agora e nem em agosto”.
Arthur Lira também garantiu que a votação será concluída ainda hoje. “Vamos concluir hoje, nós vamos votar hoje. Se tiver voto para primeiro turno, certamente vai ter para um segundo”, disse.
O presidente da Câmara falou rapidamente em entrevista coletiva à imprensa no começo da noite desta quinta-feira (6), antes de retomar a discussão para a votação do projeto da reforma tributária no plenário.
Lira também enfatizou que não iria entrar em questões políticas. “Nosso intuito é fazer com que, após longos 50 anos, a reforma possa ser votada pelo parlamento. Portanto, a coisa mais correta é não politizar um tema tão importante como esse e não criar arestas”, disse.
Além disso, o deputado comentou as mudanças propostas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre o Conselho Federativo.
“É preciso que se esclareça: o Conselho Federativo não é um órgão do governo. Os recursos não entrarão na conta da União, entrarão na conta do Conselho Federativo, e, de lá, serão distribuídos para os entes federativos para quem dele tenha direito. Vai ser um órgão burocrático, fiscalizado e transparente, com gestão em várias etapas”.
“É importante entender que se a PEC for aprovada em 1º turno, pode ser aprovada em 2º, depois vai para o Senado, que terá que tratar o tema com amplo debate”, afirmou Lira.
Ele reiterou que, ao chegar no Senado, o texto pode ter novas modificações, o que fará com que o projeto retorne para a Câmara. “Nada é finalístico […] Se tiver quórum, parabéns para todos, se não tiver, essa é mais uma oportunidade que o Brasil perde”.