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    Credores da Marisa entram na Justiça com pedido de falência da empresa

    Balanço mostra que, juntando dívidas de 3 empresas, companhia deve R$ 882.797,84

    Marisa será intimada para dar resposta em dez dias e poderá depositar integralmente os valores devidos para evitar a falência
    Marisa será intimada para dar resposta em dez dias e poderá depositar integralmente os valores devidos para evitar a falência Vitor Reis Primo

    Lucas Agrela, do Estadão Conteúdo

    Credores da varejista Marisa entraram na Justiça pedindo a falência da empresa devido a dívidas de R$ 882.797,84. A MGM Comércio de Acessórios de Moda diz ter a receber R$ 363.562,44.

    Já a Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos afirma que a varejista de moda deve a ela R$ 173.501,42. A Oneflip Indústria e Calçados fala em uma dívida de R$ 345.733,98.

    A Marisa será intimada para dar resposta em dez dias e poderá depositar integralmente os valores devidos para evitar a falência. Outra opção seria pedir recuperação judicial nesse período.

    Os pedidos foram feitos para pressionar a varejista a quitar os débitos, mas a renegociação da dívida de cerca de R$ 600 milhões com os bancos está em estágio avançado.

    Valores baixos

    Na visão de Renato Leopoldo e Silva, do escritório DSA Advogados, os valores pedidos pelos credores na Justiça são baixos e não devem oferecer risco real de falência do negócio.

    “Os dois pedidos de falência já foram recebidos pela juíza da 3.ª Vara de Falências de Recuperações Judiciais da Capital e determinada a citação da Marisa”, diz Leopoldo e Silva.

    Procurada, a Marisa não se pronunciou sobre os pedidos de falência. Em fatos relevantes publicados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou estar “tomando providências para sanar essa situação”.

    O reestruturador de empresas João Pinheiro Nogueira Batista, que assumiu o comando das Lojas Marisa há pouco mais de um mês, disse, em entrevista ao Estadão/Broadcast que a concorrência com as varejistas internacionais, como a Shein, prejudicou a companhia.

    “Se economia estivesse melhor e sem esse contrabando todo, talvez eu não tivesse de fechar 90 lojas”, disse Nogueira Batista na ocasião.