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    Copom: 85% das reuniões têm unanimidade de votos; divergência é esperada para esta quarta (2), diz Inter

    Segundo o banco, desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, apenas 15% dos encontros tiveram votos diferentes entre membros do colegiado

    Copom decidirá nesta quarta-feira (2) sobre início do afrouxamento monetário
    Copom decidirá nesta quarta-feira (2) sobre início do afrouxamento monetário Divulgação/Banco Central do Brasil

    Da CNN*

    São Paulo

    A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que vai decidir o rumo dos juros do Brasil nesta quarta-feira (2) pode ser uma das poucas a ter divergência de votos entre os membros do colegiado, segundo o Inter.

    Em levantamento realizado pelo banco, 85% das reuniões do colegiado realizadas desde a implementação do regime de metas, em 1999, tiveram votos unânimes em discussões que envolviam a Selic.

    “Identificamos que em apenas 32 reuniões, de 219, foram apontadas divergências nos votos. Desde o início do regime de metas de inflação, apenas 15% das reuniões tiveram votos diferentes entre os membros do colegiado”, afirma o Inter em relatório.

    Ainda segundo o levantamento, em nenhuma reunião do Copom houve votos que divergiram em mais de duas opções.

    “Com isso, a decisão do colegiado com votos para manter a Selic, cortar em 25 pontos percentuais (p.p.) ou cortar em 50 p.p. seria inédita”, diz o banco.

    A divergência nos votos acontece com maior frequência quando os membros do BC precisam tomar decisões baseadas em dois cenários: a magnitude do corte ou a elevação da taxa de juros.

    “Na grande maioria, pela diferença de 25 p.p., que é o cenário mais próximo para a reunião do Copom de agosto, quando poderemos ter votos a favor de um corte da Selic para 13,50% ou para 13,25%”, afirma o Inter.

    Votos que diferem entre manter ou reduzir os juros acontecem, tradicionalmente, ao início ou fim do ciclo de afrouxamento monetário, “sendo a última ocorrência no ciclo em 2011 que, aliás, iniciou com um corte de 50 p.p., de 12,50% para 12%”.

    Desde o início do mandato de Roberto Campos Neto, em fevereiro de 2019, a maioria das decisões também foi unânime, segundo o Inter.

    “Mesmo as menos usuais, como o corte da taxa até 2%, ou posteriores elevações da magnitude de 150 p.p. entre 2021 e 2022”.

    A única divergência de voto na era Campos Neto aconteceu na reunião de setembro de 2022, quando 7 votos foram a favor da manutenção da Selic em 13,75% e 2 votos a favor de uma última alta para 14%.

    Desde então, as decisões pela manutenção voltaram a ser unânimes.

    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.