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    Consignado gera disputa entre equipes política e econômica

    Com a decisão de Lula de elevar juros, segmentos do governo disputam percentual. A expectativa é de que definição seja anunciada na terça-feira

    Gustavo Uribe

    Com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de elevar os juros para empréstimo consignado, as equipes política e econômica disputam pelo percentual oferecido a aposentados e pensionistas.

    Na semana passada, diante da interrupção da oferta da modalidade de crédito por instituições bancárias privadas e públicas, o governo federal decidiu elevar o percentual, cujo teto havia sido reduzido de 2,14% para 1,70% ao mês.

    Para se chegar a um percentual de meio termo, alternativa antecipada pela CNN, as equipe política e econômica discutiram na última semana com as instituições financeiras.

    O núcleo político tem defendido um percentual de 1,83% ao mês, que seria o valor médio oferecido pela Caixa e pelo Banco do Brasil. A ideia seria utilizar o percentual do consignado para pressionar pela redução de juros de outras modalidades de crédito.

    A equipe econômica, no entanto, avalia que o percentual de 1,83% ainda é baixo para este momento e poderia gerar queixa entre as instituições privadas. A defesa é para que se adote um valor de 1,90%, permitindo um entendimento após os desgaste da redução para 1,70% ao mês.

    A expectativa é de que a decisão seja tomada por Lula na terça-feira (28). Segundo relatos feitos à CNN, o presidente discutiu o tema com auxiliares de governo durante o final de semana.

    Com a definição do percentual, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, convocará uma reunião extraordinária do Conselho Nacional da Previdência Social.

    Lula definiu na semana passada que a nova taxa ficaria em um intervalo de 1,80% a 2% ao mês. O crédito consignado é uma modalidade de crédito com desconto na folha de pagamento.

    Hoje o sistema financeiro tem cerca de 17 milhões de pessoas com contratos ativos de empréstimo consignado em relação ao INSS. Todos os meses são realizados quase um milhão de contratos de consignados.

    Os contratos ativos totalizam mais de R$ 350 bilhões. Os novos teto e piso dos juros, se efetivamente aprovados, valem apenas para os futuros contratos.

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