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    Companhias aéreas devem apresentar plano de redução de preços em passagens em dez dias, diz ministro

    Sílvio Costa Filho e reuniu com representantes das companhias e da Anac, e reiterou que o plano do governo é buscar o diálogo com as empresas de aviação

    Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho
    Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho créditos: Ayrton Vignola/Fiesp

    Luciana AmaralMariana Albuquerqueda CNN

    em Brasília

    O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, disse em coletiva à imprensa que as companhias aéreas se comprometeram a apresentar, em até dez dias, um plano para reduzir o preço das passagens de avião no Brasil.

    A fala aconteceu na noite desta terça-feira (14), após o ministro se reunir com representantes das principais companhias aéreas, da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para discutir a alta de preços e a situação do setor no Brasil.

    “Nós fizemos uma reunião com as companhias aéreas hoje, que se comprometeram a, nos próximos 10 dias, apresentar um plano para que a gente possa buscar a redução do custo das passagens no Brasil”, disse.

    O ministro reafirmou que o mercado é livre, não pode impor nada, mas que é um trabalho de convencimento, de diálogo.

    “A gente não pode de fato fazer nenhuma intervenção, não nos cabe, nas companhias aéreas, o que a gente tá buscando é diálogo. O que estamos tentando fazer é um trabalho de convencimento com as companhias aéreas da importância de poder baixar o preço das passagens no Brasil”, afirmou.

    Mais cedo, em entrevista exclusiva à CNN, Silvio Costa disse que as companhias Gol, Latam e Azul representam 98% do mercado brasileiro e que a redução dos preços é uma prioridade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Na avaliação do ministro, as companhias cobram preços que não são condizentes com a realidade brasileira. Ele disse ainda que o governo não vai permitir “aumentos abusivos”.

    Segundo Costa Filho, há a necessidade de uma resposta das empresas aéreas no preço das passagens, já que houve uma redução no custo do querosene de aviação em 2023. Então a expectativa é de que as passagens já poderiam estar um pouco mais baratas.

    “O que nós não podemos aceitar ou permitir são aumentos abusivos, que têm prejudicado a população brasileira. Em relação ao querosene da aviação, que era o desejo das companhias aéreas, o governo está fazendo a sua parte, tanto é que esse ano a gente já teve uma redução de 14% do custo do querosene da aviação. Então não tem sentido baixar o querosene da aviação, que representa 40% do custo do voo, e a gente não está tendo uma redução nos valores das passagens.”, disse.

    A redução acumulada neste ano no preço médio do querosene de aviação vendido pela Petrobras é de 14,5%, equivalente a 74 centavos por litro, se comparado com dezembro do ano passado.

    O ministro Costa Filho completou afirmando que o BNDES pode ajudar com financiamentos para ajudar as companhias aéreas.

    “O BNDES tem papel importante através do FNAC, é natural que não só as empresas privadas mas as companhias aéreas possam pegar e ter acesso ao financiamento. Porque na hora que ela pega financiamento, ela pode ocupar novas aeronaves, pode fazer requalificação dos aviões, pode estruturar companhias aéreas. Então o FNAC, que a gente tem trabalhado nisso ao lado do BNDES, sem dúvidas alguma vai ser um instrumento que vai ajudar as aéreas a fortalecer do ponto de vista de capitalização de recursos,e a partir daí e buscando o custo de redução de passagens.”, afirmou.

    Sobre o Voa Brasil, projeto que promete reduzir preços de passagens aos mais pobres, a CNN apurou que o ministro apresentou um novo desenho para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta tarde de terça. O novo plano contemplaria aposentados, pessoas de baixa renda e bolsistas do prouni, por exemplo.

    Os beneficiados pagariam até R$ 200 o trecho, mais taxa de embarque. A ideia é implementar o programa em janeiro, ou ao menos no início de 2024, mas isso depende da área técnica, do retorno da casa civil e do presidente Lula, para quem ele ainda vai apresentar o projeto.

    Procurada pela CNN, a Abear disse em nota que está sempre à disposição para debater com o governo federal formas de estimular a criação de políticas públicas que contribuam para que mais pessoas viajem de avião e novos destinos sejam atendidos.

    A entidade destacou que as associadas Abear aderiram ao Programa Voa Brasil e estão em linha com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas com preços competitivos.

    A Abear também afirmou que tanto a associação quanto as empresas aéreas continuam contribuindo na agenda que amplia a competitividade do setor.

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    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.