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    Comissão do Senado aprova Marco das Garantias; projeto vai com urgência a plenário

    Projeto permite que imóvel seja usado como garantia para mais de um empréstimo, mas veta penhora em caso de bem único

    Interior do Senado Federal, em Brasília
    Interior do Senado Federal, em Brasília 03/03/2021REUTERS/Adriano Machado

    Danilo MoliternoElis BarretoMarcos Amorozoda CNN

    São Paulo e Brasília

    A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (4) o Marco das Garantias, projeto de lei muda regras para garantias de empréstimos com o objetivo de reduzir os juros e o custo do crédito.

    Os senadores que compõem a Comissão também aprovaram o regime de urgência para a tramitação da matéria. Com isso, o projeto será incluído na pauta pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para votação em plenário, o que pode acontecer ainda hoje.

    Se passar pelo plenário, a medida ainda precisa retornar à Câmara. Os deputados chancelaram a medida em meados de 2022 e devem avaliar as mudanças estabelecidas pelo Senado.

    O texto foi aprovado na CAE em votação simbólica e recebeu 47 emendas, propostas de alteração em relação ao aprovado na Câmara dos Deputados em 2022.

    Entre as principais mudanças promovidas pelo relator, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), está a possibilidade de utilização de imóveis como garantia para a tomada de crédito.

    O Marco possibilita utilizar o mesmo imóvel como garantia em mais de um financiamento. Atualmente o imóvel fica “preso” a um só financiamento até a quitação, mesmo que seja uma operação de crédito de valor menor do que o do bem ofertado como garantia.

    Com o novo modelo, o mesmo imóvel poderá ter seu valor fracionado e servir de lastro para diversos financiamentos, utilizando plenamente o preço real do bem.

    Cada um desses financiamentos poderá ocorrer em um banco diferente e, assim, o cidadão poderá sempre escolher aquela instituição que lhe ofereça a taxa de juros mais barata.

    Penhora

    Outra mudança feita pelo relator é a restauração da impenhorabilidade do único imóvel da família. Ou seja, se o imóvel usado como garantia para tomada do empréstimo foi o único da família, ele não poderá ser penhorado.

    Outra emenda restaura o monopólio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para o pagamento de professores.

    O relator do projeto, senador Weverton (PDT-MA), afirmou que se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e acredita que apesar das alterações no Senado, a Câmara deve aprovar o novo marco de garantias.

    “É um projeto tão importante que mostra que mesmo de autoria do governo anterior, o atual, além de ter melhorado, ter trazido temas correlatos que também já estavam em discussão, se aproveitou em comum acordo com a Câmara para que a gente pudesse já tramitar”, disse Weverton.