Carro elétrico pode responder por 10% do mercado brasileiro em 3 anos, prevê BYD
Em visita ao Brasil, Stella Li, CEO da montadora nas Américas, classificou como “muito bem-sucedida” a adesão dos brasileiros à nova tecnologia
O ritmo de crescimento do mercado brasileiro de carros elétricos tem surpreendido a chinesa BYD. Em visita ao Brasil, Stella Li, CEO da montadora nas Américas, classificou como “muito bem-sucedida” a adesão dos brasileiros à nova tecnologia.
Para a executiva, é possível que, em três anos, esses modelos já respondam por 10% das vendas de automóveis no país.
Stella lembra que, há poucos meses, o mercado brasileiro tinha apenas 0,8% das vendas em modelos elétricos. Atualmente, a participação já está em 3,6%.
“Estamos muito felizes com esse resultado. Esperamos que o Brasil possa alavancar a participação dos elétricos para 10% ou 20%”.
A executiva, que mora na Califórnia, nos Estados Unidos, lembra que a empresa é agressiva comercialmente e outras marcas também têm anunciado lançamentos de modelos elétricos no Brasil.
“Vimos no noticiário que muitas empresas vão investir em elétricos (no Brasil). Muita gente quer participar desse jogo”.
Diante da demanda elevada, a BYD pode acelerar os planos para a montagem de veículos elétricos no Brasil. A intenção inicial da empresa era ter capacidade para até 150 mil unidades por ano.
“Mas a demanda está muito grande. Não apenas no Brasil, mas também em outros países da América Latina. E a gente quer apostar o dobro no Brasil e termos a fase um e dois juntas”.
Com as duas fases, a capacidade de produção saltaria para 300 mil unidades e, se a fábrica na Bahia operar em três turnos, seriam até 10 mil empregos.
A montadora atualmente trabalha em uma nova fábrica em Camaçari, na Bahia, nas antigas instalações da Ford. A pedra fundamental do projeto foi lançada em outubro.
Questionada sobre valores para eventual ampliação do projeto, a executiva não detalhou os planos. Disse apenas que serão “muitos bilhões de reais”.