Bugatti e fabricante croata de supercarros elétricos criam joint venture
No longo prazo, a Bugatti poderia produzir hipercarros elétricos como os da Rimac, mas "marcas serão distintas", segundo comunicado
O Grupo Volkswagen e a Porsche concordaram em criar uma nova joint venture que combina a Rimac, uma empresa croata que fabrica supercarros elétricos, com a Bugatti.
A nova empresa se chamará Bugatti-Rimac e fará carros de ambas as marcas. A Bugatti, como a Porsche, faz parte do Grupo Volkswagen. A Porsche também possui uma participação na Rimac.
A Bugatti-Rimac ficará sediada em Zagreb, na Croácia, não muito longe da atual sede da Rimac. A Bugatti, por sua vez, continuará a fabricar carros em sua casa atual, Molsheim, na França, de acordo com um anúncio da Porsche. Ela continuará a operar como uma marca de automóveis separada, mas a Bugatti e a Rimac irão desenvolver, em conjunto, novos modelos Bugatti, segundo o comunicado.
A Porsche começou a investir na Rimac Automobili em 2018 e agora possui uma participação de 24% na empresa. A Porsche deterá diretamente 45% da Bugatti-Rimac, enquanto a Rimac deterá os 55% restantes. A Bugatti está sendo transferida para a nova joint venture por sua empresa-mãe, a Volkswagen.
“Estamos combinando a forte experiência da Bugatti no negócio de hipercarros com a tremenda força inovadora da Rimac no campo altamente promissor da mobilidade elétrica”, disse o presidente da Porsche, Oliver Blume, no anúncio.
Rimac e Bugatti não poderiam ter origens mais diferentes.
A Bugatti foi fundada em 1909 e fabricava carros para a realeza e celebridades, antes de fechar logo após a Segunda Guerra Mundial. A marca foi revivida em 1987 e fechou novamente em 1995.
A Volkswagen recriou a marca Bugatti na década de 1990 e no início de 2000 após adquirir o nome, o logotipo e o local da sede original da empresa no leste da França. Agora, a Bugatti monta carros como o Chiron de US$ 3 milhões e o Divo de US$ 6 milhões, com motores de 16 cilindros à base de gasolina, algumas variantes dos quais podem impulsionar seus carros a velocidades de mais de 480 quilômetros por hora.
A Rimac, por outro lado, foi fundada pelo então Mate Rimac, com 21 anos, em 2009. Ela desenvolveu carros elétricos como o Rimac Concept_One de 1.224 cavalos de potência, dos quais apenas alguns foram feitos, e os novos US$ 2,4 milhões 1.900 cavalos de potência Rimac Nevera, o primeiro modelo de produção da empresa. Até agora, a Rimac se especializou principalmente no desenvolvimento de conjuntos de força elétricos e baterias.
Ela contou com a Jaguar, Aston Martin e a fabricante sueca de supercarros Koenigsegg entre seus clientes. A Rimac também está fornecendo a engenharia para o supercarro elétrico Pininfarina de US$ 2 milhões que está sendo criado pela empresa italiana que já foi famosa por projetar Ferraris.
A Rimac continuará a operar uma divisão separada, a Rimac Technology, que dará continuidade a esse tipo de desenvolvimento e trabalho de engenharia para empresas externas.
A joint venture com a Rimac não significa que a Bugatti produzirá apenas carros elétricos, disse Mate Rimac, embora haja alguns veículos elétricos da Bugatti em um futuro próximo. A Rimac indicou que o modelo sucessor de Chiron, o próximo supercarro de alto desempenho da Bugatti, provavelmente será um híbrido.
A linha da Bugatti pode ser expandida para incluir outros modelos que não sejam supercarros de alto desempenho, embora esses veículos possam ser totalmente elétricos.
No longo prazo, a Bugatti poderia produzir hipercarros elétricos como os da Rimac, disse Mate Rimac, mas, mesmo assim, as marcas serão distintas, com a Rimac focada principalmente no desempenho e a Bugatti mais no artesanato e estilo.
Mate Rimac será o presidente-executivo da Bugatti-Rimac. Dois executivos da Porsche, incluindo Blume, terão assentos no conselho da Bugatti-Rimac. A previsão é que a empresa seja estabelecida até o final do ano.
(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).