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    Apesar de exceções, marco traz mais previsibilidade em relação ao fiscal, diz economista

    Bruno Funchal avalia que texto aprovado trouxe avanços importantes, principalmente, com relação aos mecanismos de punição em caso de descumprimento da regra

    Para o especialista, outra discussão importante se dá com relação às metas de inflação
    Para o especialista, outra discussão importante se dá com relação às metas de inflação José Cruz/Agência Brasil

    Muriel Porfiroda CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (24), o CEO do Bradesco Asset Management, Bruno Funchal, comentou sobre a aprovação do texto-base do projeto de lei que estabelece um novo marco fiscal. Segundo o especialista, apesar de exceções que estão contidas no texto, o projeto traz mais previsibilidade em relação ao cenário fiscal do país.

    “Acho que um passo está sendo dado, dá para melhorar ainda esse texto, principalmente, por causa dessa exceção. Acredito que ela [a exceção] em 2024 e 2025 pode fazer com que [o marco] perca um pouco de credibilidade, mas acredito que ter a regra já é um grande avanço, traz mais previsibilidade em relação ao fiscal”, disse.

    Funchal, ao mencionar exceções, se refere à condição especial que foi criada para os anos de 2024 e 2025, onde, segundo o economista, será um período que, em tese, a regra não vai ser seguida.

    Em outra frente, o especialista elogia mudanças feitas pelo relator no texto apresentado pelo governo federal. Segundo ele, o projeto teve avanços importantes, principalmente, com relação a mecanismos de ‘enforcement’, ou seja, as punições e gatilhos em caso de descumprimento da regra.

    Questionado sobre se a aprovação da regra abre margem para que o Banco Central (BC) inicie um ciclo de queda na taxa básica de juros, Funchal avalia este como um novo componente para as avaliações do BC, mas que não é um fator determinante.

    “Uma coisa que tem que ficar clara é o seguinte, juros é consequência, não é causa. Então, não adianta pedir para o BC reduzir juros se não é feito o dever de casa”, afirmou.

    Para o especialista, outra discussão importante se dá com relação às metas de inflação. Segundo ele, as metas devem ser apresentadas, definidas e explicadas de maneira clara.

    “Enquanto não estiver muito claro a manutenção da meta ou qual vai ser a meta, de fato, e tudo muito bem e tecnicamente explicado, é difícil falar em redução de juros. Mas tudo caminhando para um sinal positivo, com a regra fiscal andando e com a meta sendo bem comunicada e explicada, acredito que no segundo semestre passamos sim para começar uma queda de juros”, conclui.