OPINIÃO
Onde muitos enxergam o problema, nós apostamos na solução


A velha frase muito citada no mundo corporativo, sobretudo nas empresas de tecnologia, pode ilustrar muito o momento que vivenciamos agora em matéria de diversidade e inclusão. A saída de empresas multinacionais dos Estados Unidos de programas afirmativos também abre espaços para outras empresas ganharem notoriedade nesses quesitos, principalmente empresas brasileiras. Até por conta de suas origens em um país extremamente diverso, com mais da metade de sua população se autodeclarando negra, tem nem como fugir desse tema.
O Brasil tem uma oportunidade única de se posicionar como protagonista em políticas afirmativas. “Não existe espaço vazio”, o exemplo vem de 2002 quando, durante a conferência de Durban na África do Sul, onde Estados Unidos e Israel boicotaram o encontro, e o Brasil, ao contrário, levou a maior delegação àquela conferência, ganhou a relatoria e por quase duas décadas liderou os avanços das políticas de inclusão no mundo, sendo grande parte delas políticas afirmativas no setor público. As iniciativas brasileiras foram copiadas por vários países, como Colômbia e Uruguai. Antes disso, quem liderava essas iniciativas eram os Estados Unidos.
A internacionalização das empresas brasileiras é um tema que cada vez mais faz parte da realidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, nossas companhias estão se internacionalizando com mais velocidade, mas parte desse processo requer um planejamento cuidadoso, competências diversas e, principalmente, lidar com desafios como a concorrência global, as barreiras culturais e as exigências regulamentares que na essência estão em respeitar e saber lidar com diversidade e inclusão.
Nosso país tem uma grande oportunidade de se posicionar como um líder em políticas afirmativas na região. Com a retirada das empresas norte-americanas dessas ações, as empresas brasileiras podem ocupar esse espaço e tornarem-se protagonistas nessas políticas, ganhando mais respeitabilidade com o público diverso. Com a sua grande população e economia em crescimento, o Brasil pode ser um exemplo para outros países e liderar a implementação de políticas afirmativas.
No entanto, é importante notar que a implementação dessas ações requer um esforço conjunto entre o governo, as empresas e a sociedade civil. É necessário criar um ambiente favorável para garantir eficiência e sustentabilidade, investir em capacitação e treinamento para que possamos nos adaptar às mudanças do mercado e implementar políticas afirmativas de forma eficaz. Aproveitar a grande oportunidade de se posicionar como um líder em políticas afirmativas na região. Com a sua grande população e economia em crescimento, nosso país pode ser um exemplo para outros países e liderar a implementação de políticas afirmativas.
Além disso, é importante notar que a implementação de políticas afirmativas pode ter um impacto positivo na economia e na sociedade como um todo. Elas podem ajudar a reduzir as desigualdades e promover a inclusão social e econômica.
O Brasil e as empresas brasileiras têm uma grande oportunidade de se destacar no mercado global e tornarem-se protagonistas em políticas afirmativas. É necessário investir em capacitação e treinamento, criar um ambiente favorável para a implementação dessas políticas e garantir que elas sejam eficazes e sustentáveis.
E para aqueles que acreditam nessas ações e em nosso país, para cada empresa, como McDonald’s, Walmart, Meta, que desiste de políticas afirmativas, temos aqui Natura, Itaú, Banco do Brasil, BNDES, Vale, Assaí, Tenda Atacadista, entre outras, que acreditam firmemente na eficácia dessas políticas para criar um mundo mais justo e igualitário.