A guerra social corporativa
Empresas brasileiras estão indo na contramão das organizações americanas quando o assunto é diversidade e inclusão


Enquanto empresas nos Estados Unidos, como Google e Facebook, entre outras, entram na era do retrocesso no quesito Diversidade e Inclusão, empresas brasileiras como Boticário, Itaú e Magazine Luiza estão apostando nessas políticas. Essa contramão é um sinal positivo de que as empresas brasileiras estão dispostas a investir em um futuro mais inclusivo e diverso, o que tem muito a ver com as normas de ESG. Afinal, o “S” do ESG, que trata do social, em nosso país se mistura com o racial, já que as populações mais vulneráveis do ponto de vista social são a população preta e grupos historicamente discriminados, como mulheres e LGBTQI+.
Os exemplos são inspiradores para o mundo todo. O Boticário, por exemplo, tem uma política de diversidade e inclusão que inclui a contratação de pessoas com deficiência, LGBTQI+ e de diferentes etnias. Além disso, a empresa oferece treinamentos e workshops para seus funcionários sobre diversidade e inclusão. Já o Itaú tem um programa de diversidade e inclusão que visa aumentar a representatividade de mulheres e minorias em cargas de liderança.
O Magazine Luiza também é um exemplo de empresa que aposta na diversidade e inclusão. A companhia tem uma política de contratação que prioriza a diversidade e inclusão e oferece treinamentos e workshops para seus funcionários sobre esses temas. Além disso, possui um programa de mentoria para mulheres e minorias, com o objetivo de ajudá-las a desenvolver suas carreiras.
É importante notar que essas empresas brasileiras estão indo na contramão das empresas americanas, que têm sido criticadas por sua falta de diversidade e inclusão. Empresas como McDonald’s, Walmart, Google e Facebook começaram a ser acusadas de manter uma cultura de trabalho hostil às mulheres e minorias e têm sido criticadas por sua falta de representatividade em cargas de liderança.
A aposta das empresas brasileiras em diversidade e inclusão é um sinal positivo de que elas estão dispostas a investir em um futuro mais inclusivo e diverso. Também demonstra que estão monitorando a importância dessas iniciativas para o sucesso dos negócios. Empresas que são diversificadas e inclusivas tendem a ter melhor desempenho e a serem mais inovadoras do que aquelas que não são — e essa é uma realidade que nenhum político pode contestar, mesmo que ocupe a carga mais importante e influente do mundo.