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    Weintraub precisará de diplomacia e técnica, diz ex-diretor do Banco Mundial

    Otaviano Canuto repercutiu a indicação do Abraham Weintraub para o Banco Mundial

    Horas após o anúncio da saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, nesta quinta (18), o governo oficializou a indicação dele para o cargo de diretor-executivo no Banco Mundial. O posto está vago desde dezembro, quando Fábio Kanczuk deixou a cadeira.

    Em entrevista à CNN na manhã desta sexta-feira (19), o economista Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial — que ocupou por duas vezes o mesmo cargo para o qual Weintraub foi indicado —afirmou que o ministro precisará “exercer a diplomania e técnica no novo cargo”. 

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    “Não o conheço para fazer o julgamento. O que posso dizer é que nesta posição os indivíduos representam os interesses dos acionistas do Banco. O que se espera de pessoas que ocupam estes cargos é que tenham uma preparação técnica para avaliar e examinar as operações e um pouco de diplomacia”, afirma. “Então para que os interesses do Brasil e dos países sejam obtidos há de ter uma articulação e uma geometria variável de interesses.” 

    Questionado quanto aos assuntos que serão tratados por Weintraub, Canuto analisou o cenário que será enfrentado no cargo: “Todos os acionistas têm a função de analisar e aprovar todas as operações do Banco. É uma insituição de desenvolvimento e, evidentemente, o Banco opera em áreas como educação, saúde, financiamento de investimentos, [projetos] que aumentem a capacidade dos países de desenvolverem energia limpa, política de igualdade de gênero e assim por diante. O Conselho discute com a administração do Banco sobre as áreas. Quem sentar na cadeira tem a responsabilidade de emitir as opiniões dos países representados”, explicou.

    “Esta cadeira [representada pelo Brasil] significa algo em torno de 4%. Então para se ter voz será necessário ter uma coalizão”, diz. “Essa função é de Conselho de Administração e não, Executiva.”

    (Edição: Leandro Nomura)