Veja os bilionários que doaram quase US$ 1 bi para as campanhas de Trump e Biden
Nomes como George Soros, Linda McMahon, Jim Simons e o "rei dos cassinos" Sheldon Adelson estão na lista
Numa disputa ainda mais acirrada do que o esperado pela Casa Branca, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden, contaram com a ajuda de bilionários na campanha para as eleições americanas de 2020.
Neste ano, as equipes dos candidatos precisaram driblar a pandemia de coronavírus, que impôs medidas de restrição à circulação de pessoas, e encontrar novos meios de convencer os eleitores a comparecerem às urnas. E para isso foi fundamental o apoio financeiro de centenas de bilionários americanos.
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Os dois candidatos receberam, somados, quase US$ 1 bilhão em doações (US$ 961,2 milhões, com exatidão), de acordo com um banco de dados mantido pela Forbes. Entre os maiores doadores, em ambos os lados, estão empresários do setor financeiro, do ramo de tecnologia e de mídia e entretenimento.
Veja abaixo os sete principais colaboradores de cada campanha, ordenados pelo valor total das doações durante a disputa presidencial.
Sheldon e Miriam Adelson: “Rei” dos cassinos de Las Vegas, Sheldon e a esposa doaram US$ 182,5 milhões a candidatos e fundos políticos nessas eleições. A quantia astronômica não chega a fazer diferença na fortuna de US$ 31,8 bilhões do casal. Somente em contribuições à campanha de Trump, os dois assinaram um cheque de US$ 1,2 milhão.
Stephen e Christine Schwarzman: CEO e co-fundador da Blackstone, uma das maiores corretoras de investimentos do mundo, Schwarzman acumula uma fortuna de US$ 18,4 bilhões. Entre os candidatos que apoiou nestas eleições, estão os republicanos Lindsey Graham, Steve Daines e John Thune. Ao todo, foram US$ 30,2 milhões em repasses, dos quais US$ 699,4 mil foram destinados à campanha de Trump.
Bernie e Billi Marcus: A operação da varejista de casa e construção Home Depot garantiu um patrimônio acumulado de US$ 7,7 bilhões à família. Desse monte, saíram US$ 17 milhões que contribuíram para a campanha de candidatos como Susan Collins, Dan Sullivan, Kelly Loeffler e, claro, Donald Trump. Para a campanha do atual presidente, foram doados US$ 721,2 mil.
Warren e Harriet Stephens: Proprietários do banco de investimentos que leva o sobrenome da família, o casal atualmente detém um patrimônio de US$ 2,6 bilhões. Nessas eleições, os dois repassaram mais de US$ 13,9 milhões a candidatos, fundos e movimentos políticos. Na campanha de Trump à presidência, Warren Stephens empenhou US$ 2,8 mil e doou outros US$ 3 milhões ao fundo America First Action
Kelcy e Amy Warren: Com um patrimônio acumulado de US$ 2,5 bilhões, proveniente de operações da gestora de um oleoduto Dakota Access Pipeline, o casal doou R$ 13,3 milhões a candidatos dessa eleição e movimentos políticos envolvidos na disputa, como o America First Action. Só para o atual presidente o casal destinou R$ 1,7 milhão.
Diane Hendricks: Dona de uma fortuna de US$ 8 bilhões, proveniente de seus empreendimentos no ramo imobiliário e como produtora de cinema, Hendricks contribuiu com R$ 7 milhões nesta disputa eleitoral. Para a campanha do atual presidente, ela doou quase US$ 1 milhão.
Linda McMahon: Fundadora e ex-CEO da WWE, companhia de entretenimento norte-americana conhecida pela produção de shows e programas de luta livre, a empresária e também política doou ao todo US$ 5,6 milhões nestas eleições. Para a campanha de Trump, McMahon transferiu US$ 360,6 mil, mas sua maior doação até agora foi US$ 4,5 milhões ao America First Action — fundo que apoia o atual presidente.
Tom Steyer e Kat Taylor: O filantropo de Nova York e sua esposa acumulam um patrimônio de US$ 1,4 bilhão, proveniente, na maior parte, de fundos de investimentos. Para o candidato democrata, os dois doaram US$ 635,6 mil. Ao todo, o casal contribuiu US$ 412,4 milhões nestas eleições. Entre os movimentos apoiados estão o NextGen Climate Action Committee, focado em ações ambientais, e Need To Impeach, que trabalha para derrubar Trump do poder.
Dustin Moskovitz e Cari Tuna: Sócios do Facebook, o casal de empreendedores detém uma fortuna de US$ 16,3 bilhões. Nestas eleições, os dois distribuíram US$ 23,2 milhões para fundos e movimentos políticos. Para Biden, foram US$ 830,6 mil em patrocínios.
Jim e Marilyn Simons: Com a maior parte de sua fortuna proveniente do mercado financeiro, mais especificamente de fundos de investimento, o matemático e filântropo acumula, junto com sua esposa, US$ 23,5 bilhões. Entre os candidatos que apoiaram nestas eleições estão os democratas John Hickenlooper, Mark Kelly e Mikie Sherrill. Para Joe Biden, os Simons doaram US$ 1,1 milhão e, ao todo, empenharam US$ 20,8 milhões em campanhas e fundos políticos.
George e Judy Marcus: Por meio de empreendimentos imobiliários, o casal construiu um patrimônio de US$ 1,3 bilhão. Desse monte, US$ 10,4 milhões foram empenhados nas eleições de 2020. Só para a campanha de Biden, os dois entregaram US$ 255,6 mil.
George Soros: Empresário e gestor de um dos fundos mais rentáveis do mundo, Soros doou um total de US$ 8,7 milhões, dos quais US$ 505,6 mil foram para Joe Biden. Outras candidatas apoiados por ele são as democratas Ayanna Presley, Amy McGrath e a atual presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Jeff e Erica Lawson: No ramo da engenharia de softwares, a família construiu um patrimônio de US$ 2,1 bilhões. Em contribuições a Joe Biden, os Lawson doaram US$ 1,2 milhões e, ao todo nessas eleições, empenharam US$ 7,3 milhões. Entre os movimentos apoiados pelo casal estão o Future Forward e o Sister District Project.
J.B. e M.K. Pritzker: Donos de uma rede de hotelaria, os investidores somam US$ 3,4 bilhões em patrimônio. Desse montante, saíram US$ 5,3 milhões para a corrida eleitoral deste ano, dos quais US$ 1,4 milhões foram para a campanha de Joe Biden. Os Pritzker apoiam financeiramente outros democratas como Steve Bullock e Lauren Underwood.
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