Turismo paulista terá prejuízo de R$ 15 bilhões, diz governo
Estima-se que 16 milhões de viajantes tenham desistido de vir para São Paulo
São Paulo é a capital brasileira dos negócios, muitos deles impulsionados por grandes eventos — que em 2020 migraram do presencial para o digital. Outros não serão sequer realizados.
Com um a cada cinco casos de Covid-19 no país, o estado está no centro de disseminação do vírus e ainda tem fechados todos os locais de aglomeração, como os espaços de eventos.
Para o governo paulista, o prejuízo estimado é de R$ 15 bilhões. Dinheiro que as empresas de eventos e turismo vão deixar de receber ao longo do ano. O governo estima ainda que 16 milhões de viajantes tenham desistido de vir para o estado, principal destino do país por conta dos eventos, do Aeroporto de Guarulhos e das sedes de grandes empresas.
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Quatro espaços de eventos da capital paulista decidiram iluminar as paredes do lado de fora com vermelho, símbolo de protesto para pressionar o governo pra retomar as atividades o quanto antes.
Daniel Galante é diretor do São Paulo Expo, um dos maiores pavilhões de feiras do país com 23 mil metros quadrados. Ele diz que a projeção para 2020 era de 106 eventos antes da pandemia, que fez as contas mudarem. Se tudo der certo e os eventos de negócios voltarem em agosto, projeta que o espaço termine o ano tendo feito 40 eventos, menos da metade.
Pra tentar agilizar isso, o setor quer que os eventos de menor aglomeração, como feiras de máquinas, sejam liberados na fase amarela do plano de flexibilização da economia, junto com bares e restaurantes.
“São eventos de negócios, onde você está falando direto com uma outra empresa, uma empresa falando com outra empresa. Esses eventos que a gente está pedindo para voltarem mais cedo, eles têm fluxo controlado, não causam aglomeração”, diz.
O secretário de Turismo, Vinicius Lummertz, disse à CNN que o centro de contingência do coronavírus, que é formado por médicos convidados pela gestão João Doria (PSDB), analisa o pleito.