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    Tem ações da Petrobras? Especialistas recomendam o que fazer agora

    É importante ter calma. O primeiro passo é comparar o preço dos papéis no momento da compra com o atual patamar

    Natália Flach e Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Com a queda de 20% das ações da Petrobras nesta segunda-feira (22), o que o investidor deve fazer: vender ou aproveitar os preços baixos para comprar mais? Especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business dizem que é importante ter calma. O primeiro passo é comparar o preço dos papéis no momento da compra com o atual patamar. A ideia é ver se houve ganho ou prejuízo nesse intervalo.

    Em seguida, é importante analisar os fundamentos da empresa — caso seja um investidor que acompanhe a análise fundamentalista, é claro — para tentar antecipar o que pode acontecer com a companhia. A ideia é identificar se essa queda é pontual ou estrutural.

    “Se você simplesmente, por um movimento de preço, vender as ações, pode cometer um erro muito maior. Quem não tem ações é melhor ficar de fora para ver o que vai acontecer, mas, sair agora, corre o risco de tirar da sua carteira uma ação que você já tem mantido, até porque a empresa não piorou do dia para a noite”, afirma Fabio Gallo, consultor de investimentos e professor de finanças da Fundação Getulio Vargas.

    Como é algo difícil de se prever, vamos às respostas dos especialistas. Para a XP Investimentos, “não há mais como defender a Petrobras”. Os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado rebaixaram a recomendação de neutra para venda, enquanto o preço-alvo dos papéis preferenciais (PETR4) e ordinários (PETR3) foi revisado para baixo de R$ 32 para R$ 24.

    Na mesma linha, o BTG Pactual reduziu a recomendação para neutra, enquanto o Bradesco e o Credit Suisse reduziram para “underperform”. Aliás, o Credit reduziu pela metade o preço-alvo para os papéis, de R$ 16 para R$ 8, citando “muitas incertezas”.

    Roberto Attuch, CEO da Ohmresearch, diz que não compraria ações da Petrobras neste momento. “O estatuto da empresa diz que ela tem que repassar para o consumidor a variação de preços internacionais (do petróleo e do dólar). Se não fizer isso, quem tem que arcar é o governo por meio de algum subsídio, mas o governo não falou se vai fazer isso e como vai fazer”, disse. “Existe muita incerteza até porque há uma restrição orçamentaria muito grande, mas não está claro como o governo vai resolver essa equação.”

    (Com Reuters)

     

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