Com pandemia, Dia das Mães tem intenção de compra mais baixa desde 2007
Consumidor está evitando gastos dispensáveis, o que deve afetar as compras neste ano, afirma especialista


Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) mostrou que a intenção de compra de presentes para o Dia das Mães, neste domingo (9), é a mais baixa para a data comemorativa desde 2007.
O levantamento, que engloba todo o país, aponta que o índice atingiu 52,5 pontos de um total de 100. Para o economista da FGV IBRE responsável pela pesquisa, Rodolpho Tobler, a intenção de compra no período de pandemia pode ter alcançado a mínima histórica.
De acordo com ele, o consumidor ainda está bem cauteloso com gastos dispensáveis.“Vemos que o ímpeto dos consumidores no Dia das Mães está muito abaixo em comparações com os níveis dos últimos anos. O índice de confiança dos empresários, consequentemente, mostra o mesmo cenário: pessimismo”, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio do instituto.
O economista, entretanto, ressaltou que vê uma melhora no panorama econômico para os próximos meses.“O retrato é esse: ainda estamos muito distantes dos valores pré-pandemia, mas já conseguimos perceber também uma melhora na atividade comercial em comparação com os piores momentos do coronavírus”, finalizou.
Data deve movimentar R$ 24 bi no varejo
Mesmo com a baixa intenção de compra em todo o país no Dia das Mães, a data deve movimentar aproximadamente R$ 24 bilhões. O estudo foi divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
De acordo com a pesquisa, 77% dos consumidores pretendem ir às compras; sites e shoppings estão entre os principais meios de consumo. Apenas a economia do Rio de Janeiro deve movimentar R$ 1,2 bilhão.
O ticket médio neste ano é estimado em R$ 143,10 por consumidor no estado. O levantamento indica que cerca de 40% da população não pretende fazer compras de Dia das Mães.