Saque e troco: o que se sabe sobre as novas modalidades do Pix
Banco Central diz que está definindo as regras finais dessas novas modalidades
Com quase 300 milhões de chaves cadastradas em menos de um ano, o Pix, meio de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, já é amplamente utilizado pela população brasileira.
E, para além da transferência quase instantânea, a autarquia segue adicionando novos serviços ao sistema. Exemplo disso são as modalidades Saque e Troco, previstas para o terceiro trimestre deste ano.
“Estamos definindo as regras finais, a partir da análise das contribuições feitas no âmbito da consulta pública sobre os dois novos serviços do Pix. Em breve, isso será divulgado”, afirma o Banco Central.
Então, ainda não se sabe quando as novas ferramentas ficarão disponíveis ao público e nem o seu funcionamento exato, mas o BC já adiantou algumas de suas aplicações. Confira abaixo o que se sabe até agora:
O que é o Pix Saque e como deve funcionar?
O Pix Saque tem como objetivo a retirada de dinheiro por parte do consumidor em algum estabelecimento comercial sem que ele precise consumir ali ou encontrar uma agência do seu banco ou bancos 24h.
A pessoa deve se dirigir a um estabelecimento comercial que aceite a modalidade e, através de um QR Code disponibilizado pelo comerciante, realizar uma transferência com o valor que pretende sacar. Em troca, receberá o dinheiro em espécie.
O que é o Pix Troco e como deve funcionar?
O Pix Troco envolve uma transação de compra, em que o comprador poderá pagar um valor maior via Pix para receber o troco em espécie. A modalidade pode atacar um dos grandes empecilhos dos pequenos comerciantes, que é o troco em moeda ou notas pequenas.
O consumidor compra algo e paga a mais através do Pix, recebendo troco em espécie. Por exemplo: o João compra uma água com gás por R$ 5 no posto de gasolina e faz um Pix Troco de R$ 10. O atendente dará a água e R$ 5 de troco a João.
Qual é o limite por operação?
O Banco Central informou que inicialmente, por questão de segurança, as transações serão de, no máximo, R$ 500.
As operações são sempre gratuitas?
Segundo informações preliminares do BC, cada consumidor poderá realizar quatro transações gratuitas por mês. A partir da quinta, as instituições financeiras ou de pagamentos em que o sacador tem conta poderão cobrar uma taxa. Mas o estabelecimento comercial nunca poderá cobrar pelo serviço.
O comércio terá que ter sempre dinheiro em caixa?
Os estabelecimentos não são obrigados a ter dinheiro em espécie sempre disponível para oferecer as funcionalidades. O serviço será ofertado na medida do possível, com dias, horários e até valores de cédulas definidos pelos comerciantes.
Os comerciantes terão alguma compensação?
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista, sem especificar valores, que os comerciantes devem receber “alguma coisinha”. Ele defendeu ainda que este será um grande incentivo para o lojista, pois, na prática, ele será remunerado por algo que faria de graça e que o beneficiará, já que poderá encerrar o dia com menos recursos em espécie no caixa –implicando menos gastos com segurança do numerário.
Como os estabelecimentos poderão aderir?
Para participar como agentes de saque, os comércios precisarão estabelecer um contrato com instituição financeira ou de pagamentos já participante do Pix. A ideia do BC é que os novos serviços tragam mais movimento e potenciais novos clientes para os estabelecimentos.
Quando as novas modalidades serão lançadas?
Ainda não há data oficial.