São Paulo perde evento de R$ 360 milhões com cancelamento da Fórmula 1
Esse foi o impacto econômico da corrida em 2019, ainda que a pandemia fosse derrubar os valores neste ano
O cancelamento do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, originalmente previsto para 15 de novembro no autódromo de Interlagos, vai representar a perda de um dos principais eventos de turismo para São Paulo, ainda que o impacto fosse menor neste ano por causa da pandemia do novo coronavírus.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (24) pela entidade que organiza o Mundial de Fórmula 1, que apontou o estágio da pandemia no país, as restrições locais de circulação e a necessidade de preservar a segurança dos profissionais da categoria como razões para o cancelamento.
As provas que seriam disputadas nos Estados Unidos (em Austin) e no México (na Cidade do México) também foram canceladas pelos mesmos motivos.
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No ano passado, o evento atraiu 158 mil pessoas para Interlagos nos três dias de disputas (os treinos na sexta e no sábado e a corrida no domingo) em São Paulo, em novembro. Dois terços foram turistas de outras cidades, estados e países, que gastaram em média R$ 3 mil na capital paulista.
O impacto econômico para a capital paulista foi estimado em R$ 361 milhões, segundo o Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris).
A prefeitura estima gastos de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões por ano para garantir a realização da corrida, em intervenções urbanas e obras na cidade e no autódromo.
Será a primeira vez desde 1989 que a cidade de São Paulo não abrigará uma etapa do mais importante campeonato de automobilismo do mundo. Naquele ano, a prova foi disputada no Rio de Janeiro, no circuito de Jacarepaguá.
O cancelamento deixa em aberto a continuidade da prova na capital paulista a partir do próximo ano, uma vez que o contrato da prefeitura de São Paulo com a entidade que organiza o Mundial acaba neste ano. Tanto o prefeito da cidade, Bruno Covas, como o governador do estado, João Doria, já declararam que pretendem negociar a renovação do contrato para manter a prova na cidade.
No ano passado, a prefeitura do Rio de Janeiro havia se candidatado para receber a prova, com apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro, mas esbarra no fato de que não dispõe de um autódromo.
O GP do Brasil é um dos mais tradicionais da Fórmula 1, sendo disputado de forma ininterrupta desde 1972.
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