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    Santander e Safra entram com ações na Justiça contra a Americanas

    Entre as ações requeridas, o Safra pediu a suspensão da recuperação judicial da varejista

    Fabrício Juliãoda CNN

    em São Paulo

    O Banco Safra e o Santander entraram com ações na Justiça contra a Americanas, depois de a empresa pedir recuperação judicial a semana passada, com dívidas de R$ 43 bilhões que envolvem credores financeiros, trabalhistas e fornecedores. O pedido veio dias depois do anúncio de um rombo bilionário não previsto em seu balanço financeiro.

    Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Banco Safra pediu um efeito suspensivo contra a decisão de recuperação judicial solicitada pela Americanas e acatada pela Justiça.

    Já o Santander entrou com uma ação contra a companhia no Tribunal de Justiça de São Paulo, que afirmou à CNN estar em análise, mas não deu detalhes sobre o processo por estar em segredo de Justiça.

    Assim como Bradesco, Itaú, BTG Pactual, Banco do Brasil e outras instituições financeiras, os dois bancos estão expostos ao risco de calote por parte da Americanas. Esse cenário é pano de fundo de brigas recentes entre empresa e seus credores.

    O BTG puxou essa fila por estar entre os mais atingidos pelos respingos da companhia. No último dia 18, o banco conseguiu reverter parte dos efeitos da decisão tomada pela Justiça do Rio que era favorável à varejista e determinava a devolução de R$ 1,2 bilhão pago à instituição financeira.

    Depois, o Bradesco anunciou que pediu que a Justiça do Rio de Janeiro só permita que a Americanas retire recursos do banco com aval prévio.

    Segundo a varejista, a “atitude unilateral dos bancos credores contra o caixa da companhia prejudica sua viabilidade. Somente o Banco Bradesco reteve mais de R$ 450 milhões do caixa, agindo em desconformidade com a decisão da tutela antecipada”.

    A companhia disse ainda, em nota, que “segue na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores, para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos. A Americanas espera que os credores também se comprometam na busca de soluções.”

    Em nota no noite desta terça-feira, o Bradesco afirmou que não  compactua “com alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa” e que tal fato desvia “a atenção do problema central, ou seja, a falta de consistência dos números das demonstrações financeiras e as responsabilidades dos seus dirigentes.”

    Confira a íntegra da nota do Bradesco:

    “A governança contábil das empresas é atribuição exclusiva e não transferível da sua administração, inclusive Conselho de Administração. O Bradesco cumpre rigorosamente as diretrizes normativas e atua de acordo com as melhores práticas de mercado. Não compactuamos com alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa e, assim, desviar a atenção do problema central, ou seja, a falta de consistência dos números das demonstrações financeiras e as responsabilidades dos seus dirigentes sobre tal fato.”

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