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    Resgates do Tesouro Direto superam aplicações em R$ 9 milhões em fevereiro

    No mês - o terceiro em saída líquida para o investimento - as vendas atingiram R$ 1,81 bilhão e as saídas chegaram na casa de R$ 1,82 bilhão

    Foto: AlexSecret / Getty Images

    Tamires Vitorios, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os brasileiros resgataram um total líquido de cerca de R$ 9 milhões no Tesouro Direto em fevereiro, segundo balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (23).

    Segundo o relatório, no mês passado, as vendas atingiram R$ 1,81 bilhão e os resgates chegaram a casa de R$ 1,82 bilhão, sendo que R$ 1,69 bilhão foi relativo a recompras e outros R$ 123,4 milhões a vencimentos. O mês foi o terceiro em saída líquida para o investimento

    A Secretaria aponta que os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), com uma participação de 41,2% nas vendas. Já o Tesouro Selic correspondeu a 33,5% do total, e os prefixados, 25,3%.

    No mês de fevereiro foram realizadas 331.827 operações de venda de títulos a investidores e o número de vendas de até R$ 5.000,00 correspondeu a 85,9% das vendas ocorridas no mês. De acordo com o relatório, o valor médio por operação, neste mês, foi de R$ 5.465,83.

    Em relação ao prazo de emissão, 18,0% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos acima de 10 anos. Segundo o documento, as vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 38,8% e aquelas com prazo entre 1 e 5 anos, 43,2% do total.

    Segundo a Secretaria, houve um aumento nos cadastros para participar do Tesouro Direto, com um crescimento de 60,6%, o que elevou o número total para 9.895.387 nos últimos doze meses. 

    O estoque do Tesouro Direto também passou por um leve aumento, de 0,7%, indo para R$ 62,93 bilhões em relação ao mês de janeiro, o que representa um aumento de 7% sobre fevereiro de 2020 (quando o valor era de R$ 58,80 bilhões).

    Rentabilidade 

    Para Paloma Brum, analista da Toro Investimentos, apesar da perspectiva de alta na Selic para este ano, os investidores estão atentos ao juros reais de papéis de renda fixa. “Eles ainda estão preocupados com a inflação que tende a corroer os seus ganhos com os juros nominais e deixá-los com rentabilidade negativa”, explica. 

    Em relação à rentabilidade acumulada em doze meses, o destaque, segundo o balanço da Secretaria, fica para o título Tesouro IPCA+ 2026, que obteve alta de 4,47%.

    Como justificativa, o órgão afirma que “os valores negativos são decorrentes do aumento nas taxas de juros de mercado ocorridas no período” e que “esse aumento de juros faz com que o preço dos títulos em 26/02/2021 seja menor que o apurado em 29/01/2021.”

    Apesar do aumento, Brum acredita que os títulos prefixados continuarão menos atrativos, ao menos a curto prazo. “Em um cenário de aumento da Selic, tais papéis passam a valer menos na marcação a mercado. Logo, deixam de ser interessantes para quem desejar resgatar a aplicação antes da data de vencimento, com a possibilidade inclusive de perda de parte do capital principal investido”, diz.