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    Relator diz que PEC dos Precatórios será votada na Câmara em 3 de novembro

    Hugo Motta (Repúblicanos-PB) justificou medida pela falta de quorum no plenário prevista para esta quinta-feira (28)

    Douglas Portoda CNN , em São Paulo

    O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, Hugo Motta (Repúblicanos-PB), afirmou, nesta quarta-feira (27), que a votação da medida no plenário da Câmara dos Deputados será apenas em 3 de novembro. Esse é o terceiro adiamento da votação, que havia sido remarcada para esta quinta-feira (28).

    “Nós estamos em processo de mudança do sistema da casa. Então, essa mudança implicou que nós esperássemos para semana que vem. Porque o quorum ainda está baixo para aprovar uma matéria que exige quorum constitucional. Na próxima quarta-feira nós deveremos votar na continuidade do ato normativo da mesa que exige a volta da presença física dos parlamentares aqui em Brasília”, declarou Motta.

    Para ser aprovada, a proposta precisará de 308 votos em dois turnos. Ou seja, 3/5 dos 513 deputados federais precisam estar a favor. Após isso, a medida será votada no Senado Federal. A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a PEC dos Precatórios aprovou em 21 de outubro o relatório de Motta.

    A votação foi inicialmente adiada para essa quarta-feira, e posteriormente para a quinta-feira. Era a segunda tentativa do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de colocar o texto para análise dos parlamentares.

    A principal reclamação dos deputados contrários à matéria, em especial da oposição, está no não pagamento dos precatórios dos professores via Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) em 2022.

    Se esse pagamento acontecer, aumentará o gasto da União no ano que vem em cerca de R$ 16 bilhões, diminuindo ainda o espaço a ser aberto no orçamento de 2022 de R$ 83 para R$ 67.

    Na sessão de hoje foi aprovada a quebra do prazo regimental exigido para que a PEC possa ser discutida em plenário. Com isso, a proposta prioritária para o governo por criar espaço fiscal de mais de R$ 80 bilhões deu seu primeiro passo na direção da votação e teve sua discussão iniciada. A quebra de prazo foi aprovada por 253 votos a 174.

    A PEC dos Precatórios pode garantir a margem necessária para o pagamento de um valor adicional no Auxílio Brasil, de forma a atingir no mínimo R$ 400, a famílias de baixa renda.

    (*Com informações da Larissa Rodrigues, da CNN)

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