Registros no Pix chegam a 16,6 milhões, diz BC
Os pedidos de registro no sistema começaram na segunda-feira (5), mas o início operacional pleno será em 16 de novembro
O Pix, sistema instantâneo de pagamentos no Brasil, superou 16,6 milhões de chaves registradas, informou o Banco Central nesta quarta-feira (7).
Um dos principais projetos do BC para incentivar maior competição entre as instituições financeiras, o PIX permite que pessoas façam transferências bancárias 24 horas por dia nos 365 dias do ano.
Os pedidos de registro no sistema começaram na segunda-feira (5), mas o início operacional pleno será em 16 de novembro.
Como funciona o Pix?
No Pix, os clientes colocam uma chave que identifica outra pessoa e o valor da transação. Depois, aparecem as etapas de autenticação e, assim que confirmadas, o dinheiro é transferido em até 10 segundos.
As transferências instantâneas não são feitas apenas entre correntistas de um mesmo banco. Clientes do Santander, por exemplo, podem fazer transferências gratuitas para correntistas do Itaú em poucos segundos.
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Quanto vai custar?
O Pix será gratuito para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs), mas com algumas exceções.
É possível que sejam cobrados quando usarem as maquininhas do estabelecimento comercial para pagar as compras.
Os valores das tarifas podem ser definidos por cada instituição, mas o Banco Central obriga que as empresas informem os valores a seus clientes.
Como usar?
Para ter acesso ao Pix basta ter uma conta em uma instituição cadastrada no programa. A fase para criação das chaves começa nesta segunda-feira (5).
O Pix tem quatro tipos de chaves:
Número de CPF ou CNPJ;
Número do celular;
Endereço de e-mail
EVP, uma sequência com números e letras a partir da qual será gerado um QR Code.
Posso usar a mesma chave em bancos diferentes?
Não. Se você usar seu e-mail como chave do Pix no Nubank, por exemplo, precisará cadastrar outro endereço se quiser se cadastrar no sistema pelo Next.
Tem limite?
O Pix será lançado com a possibilidade de limite para as transações. O Banco Central anunciou essa funcionalidade depois que os bancos demonstraram preocupações com possíveis fraudes.
É seguro?
Transferir dinheiro via Pix será tão seguro quanto fazer transações de TED e DOC. Todas as operações precisam ser autenticadas antes de serem concluídas.
O Pix usa blockchain?
Não. Enquanto o blockchain é uma tecnologia que descentraliza as operações e usa vários estações para fazer os registros, o Banco Central vai centralizar todas as operações no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Ou seja, todas as transferências vão passar por esse sistema para chegar ao destinatário.
Por que ‘Pix’?
O nome escolhido pelo Banco Central não é uma sigla. A ideia da autarquia foi batizar o sistema com um termo que lembre tecnologia, transações e pixels.
(Com Reuters)