Receitas federais alcançam R$ 142,1 bi em maio e têm melhor resultado desde 1995
Acumulado de janeiro a maio atingiu R$ 755,7 bilhões, maior valor para o período desde início da série histórica iniciada em 1995
Em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, a arrecadação total das receitas federais alcançou R$ 142,11 bilhões em maio, maior valor para o mês desde o início da série em 1995 (a preços de maio de 2021, a partir do IPCA). Esse total representa um acréscimo real de 69,88% em relação a maio de 2020, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal, nesta terça-feira (29).
No acumulado de janeiro a maio de 2021, a arrecadação registrou R$ 744,83 bilhões, o que indica um acréscimo real de 21,17%. Trata-se do maior valor para o período desde 1995, de acordo com a série histórica.
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido totalizaram uma arrecadação de R$ 166,91 bilhões, com aumento real de 30,40%. Esse desempenho é explicado pelo incremento real de 37,39% na arrecadação referente à estimativa mensal, principalmente das empresas não financeiras, de 90,71% na arrecadação do balanço trimestral e de 15,19% na arrecadação do lucro presumido. Importante observar que houve recolhimentos atípicos de, aproximadamente, R$ 2,8 bilhões no período de janeiro a maio de 2020, e de R$ 16 bilhões no período de janeiro a maio de 2021, por algumas empresas de diversos setores econômicos.
Já o Cofins e o PIS/Pasep apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 144,59 bilhões, representando crescimento real de 30,79%. “Esse desempenho é explicado prorrogação do prazo para o recolhimento destas contribuições, de maio para outubro de 2020, em razão da pandemia relacionada ao coronavírus; pelo acréscimo real de 7,60% no volume de vendas e decréscimo real de 2,17% no volume de serviços, no período compreendido de dezembro de 2020 a abril de 2021, em relação ao período compreendido de dezembro de 2019 a abril de 2020; pelo crescimento da arrecadação associada com as importações; e pelo aumento de 89,47% no montante das compensações tributárias”, diz relatório.
A Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 182,27 bilhões, com acréscimo real
de 13,25%. Esse resultado pode ser explicado pelos “diferimentos do prazo para pagamento do
Simples Nacional e da Contribuição Previdenciária Patronal concedidos em 2020 em conjunto com
o diferimento do prazo para pagamento do Simples Nacional em 2021. Além disso, houve
crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei
13.670/18″, diz o relatório.