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    Fintech de pagamentos, RecargaPay recebe investimento de R$ 385 milhões

    Segundo a empresa, o dinheiro vai ser usado para aperfeiçoar a plataforma de pagamentos e atrair novos usuários

    Mariangela Castro*, do CNN Brasil Business

     

    A RecargaPay, fintech de pagamentos móveis e serviços financeiros digitais, recebeu R$ 385 milhões em sua mais recente rodada de investimentos, divulgada nesta quarta-feira (24). Segundo a fintech, o dinheiro vai ser usado para aperfeiçoar a plataforma de pagamentos e atrais novos usuários.

    O objetivo da RecargaPay, aliás, é democratizar o acesso aos serviços financeiros digitais a pequenas empresas e consumidores em todo o Brasil. Isso porque é possível usar os serviços da fintech mesmo sem ter conta bancária — é possível colocar dinheiro na carteira por meio de depósito, transferência, cartões ou Pix.

    Atualmente, os usuários podem solicitar no aplicativo microempréstimos, recarregar celulares e cartões de transporte, além de pagar contas, enviar e receber dinheiro e comprar vales-presente.

    O aporte dessa rodada também será utilizado para criar uma central de atendimento aos clientes, contratar mais funcionários para o grupo e, também, poder oferecer microempréstimos em maiores números.

    Liderada pela IDC Ventures e pela Fuel Venture Capital, que incluiu também a participação das empresas ATW, LUN Partners e Experian, esta é a terceira rodada de investimentos de fundos de venture capital desde a criação da RecargaPay em 2009 pelo empresário Rodrigo Teijeiro. Ao todo, a fintech já recebeu mais de R$ 550 milhões e opera com receita anualizada de R$ 275 milhões. A atual geração de caixa, medida pelo Ebitda, também é positivo.

    “Estamos orgulhosos por ajudar tantas pessoas com seus pagamentos essenciais durante um momento de crises e desafios”, diz Rodrigo Teijeiro, CEO e fundador da fintech, em nota.

    De modo semelhante, o sócio-diretor executivo da IDC Ventures e ex-executivo do PayPal, Bobby Aitkenhead, chama a RecargaPay de “bala de prata” pelo serviço que oferece. “O acesso a empréstimos, cartões de crédito e outras formas de pagamento permanece ilusório para muitos no Brasil e em outros países da América Latina, e a infraestrutura de pagamentos digitais da região tem sido, historicamente, profundamente fragmentada”, afirma. 

    Já para Maggie Vo, diretora-geral executivo da Fuel Venture Capital, que também liderou a rodada de investimentos, a RecargaPay é pioneira e “desafia o status quo dos sistemas bancários” ao ativamente melhorar a vida das pessoas.

    Durante a pandemia do novo coronavírus, o CEO Teijeiro afirma que a principal mudança na receita da empresa foi referente às recargas de vale-transporte. “Essa diminuição foi notória, a busca pela recarga caiu entre 80 e 90%”, diz.

    No entanto, mesmo com o isolamento, serviços como recarga de celular se mantiveram estáveis, e a solicitação por empréstimos cresceu principalmente em pequenos negócios.

    *(Sob supervisão de Natália Flach)

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