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    P&G cria movimento para facilitar contratação de público LGBTQIA+

    Campanha pede para que os profissionais que se enquadrem no grupo coloquem a habilidade "pride" em seus perfis no LinkedIn

    Juliana Azevedo: CEO da P&G acredita que diversidade nas empresas é "uma jornada contínua"
    Juliana Azevedo: CEO da P&G acredita que diversidade nas empresas é "uma jornada contínua" Foto: P&G/Divulgação

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A P&G criou, em parceria com a agência de publicidade Grey Brasil, um movimento para ajudar na contratação do público LGBTQIA+. A campanha pede que os profissionais que se enquadrem no grupo coloquem a habilidade “pride” em seus perfis no LinkedIn.

    Segundo a P&G, o motivo para a criação do orgulho como uma competência em um perfil profissional é facilitar o encontro de pessoas LGBTQIA+ por parte das empresas. 

    “Nos últimos anos, muitas empresas passaram a implementar políticas de inclusão de minorias políticas, mas, muitas vezes, quando uma empresa necessita ir ao mercado para encontrar profissionais, a busca se torna um desafio, uma vez que não há maneiras de identificar se uma pessoa é LGBTQIA+ só pela foto ou nome no currículo”, afirma a companhia.

    Em maio passado, um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Unicamp apontou que 21,6% dos LGBTQIA+s entrevistados estavam desempregados — à época, um número superior à taxa de desemprego brasileira, de 12,2%, segundo o IBGE. 

    O mesmo é realidade nos Estados Unidos. De acordo com o Human Rights Campaign, de 16 de abril a 6 de maio, 17% das pessoas que se identificam como LGBTQIA+ haviam sido demitidas por conta da Covid-19, em comparação com 13% da população geral. 

    Para Juliana Azevedo, CEO da companhia, tornar a diversidade uma prática nos negócios é “uma jornada contínua”. Por isso a criação do “pride” como habilidade. “Você progride, você melhora, mas sempre é preciso fazer mais. E a pandemia jogou luz na importância e na responsabilidade das empresas em protagonizarem grandes mudanças”, afirma. “Por isso, queremos acelerar o movimento de diversidade, porque sabemos que, em momentos de crise como o que estamos vivendo, os grupos minorizados são os mais afetados”, diz. 

    Azevedo também afirma que o fato de os profissionais entenderem que o orgulho de sua orientação sexual pode, sim, ser uma habilidade ajuda também o recrutador e a empresa. “Quem faz parte do grupo LGBTQIA+ traz, de fato, um olhar diferente, um lugar de fala que é importante para a diversidade da equipe”, afirma.