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    Paulo Guedes volta a falar que imposto digital está morto

    O ministro da Economia explicou que considera que o imposto não existe pela falta de entendimento sobre sua base tributária

    Anna Russi,

    do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que o imposto digital sobre transações financeiras “está morto”. “Inclusive, estamos em véspera de eleição, em plena campanha eleitoral, e quero delcarar o seguinte: considere-se morto este imposto, extinto”, disse durante audiência pública da Comissão Mista da Covid-19, nesta quinta-feira (29). 

    Guedes explicou que considera que o imposto não existe pela falta de entendimento sobre sua base tributária.

    “Como eu não tenho fonte, eu não posso aprovar. Tendo dado um parecer de que enquanto não houver a fonte ou não aparecer esse dinheiro, eu não posso aprovar a desoneração… Então, do meu ponto de vista, esse imposto está morto”. 

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    O ministro voltou a dizer que é a favor da desoneração com responsabilidade fiscal. “Estamos em plena campanha eleitoral e ninguém que discutir esse troço, o ministro da Economia vai falar disso? Esquece! Esse imposto não existe. Agora, você apoia a desoneração sem fonte? sem dizer de onde vem o dinheiro? Esse privilégio é do Congresso, eu não posso dizer isso. Quero saber de onde vem o dinheiro”, explicou. 

    Segundo o ministro “toda vez que o assunto surge, o presidente fala ‘olha, ou está certo, seguro e feito ou não existe esse imposto”.

    Em 15 de outubro, o ministro chegou a dizer para à CNN que “talvez desistisse” do novo tributo. No entanto, um dia depois ele voltou atrás e admitiu que deu informação errada à CNN por estar cansado da polêmica e má interpretação sobre a criação do novo tributo. 

    Por outro lado, no início da audiência, Guedes chegou a defender que o imposto tem que fazer parte de um futuro digital do país.

    “As pessoas ainda não entenderam que tem um futuro digital chegando. Somos o terceiro ou quarto maior mercado digital do mundo. Isso quer dizer que podemos não perder a revolução industrial digital. Vamos ter que ter um imposto digital mesmo”, comentou. 

    Ele ainda enfatizou que o novo imposto só surgira se for para substituir outros oito ou mais. “E só se for por uma causa muito nobre: desoneração. Sou a favor de desonerar para todos e para sempre”, defendeu. 

    Guedes também destacou que, agora, a agenda mais importante do governo é a de desoneração.

    “Na hora de empregar alguém, discrimina-se exatamente o jovem da periferia, que não aprendeu várias línguas e nunca viajou pra fora. O emprego vai justamente para aquele jovem de classe média, que tem uma maior bagagem cultural”, disse o ministro. 

    “Já que tem que pagar aquele valor mínimo mais alto… Isso é perpetuar as desigualdades. É uma forma de privilegiar os mais abastados. Isso nos convenceu de que temos que trabalhar a pauta de desoneração com profundidade”, completou.

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