Open Banking deve aquecer disputa dos bancos por clientes
Ivo Mósca, líder do grupo de trabalho de Open Banking na Febraban, falou à CNN sobre a primeira fase do serviço de compartilhamento de dados bancários
A primeira fase do Open Banking, serviço de compartilhamento de dados bancários de clientes entre instituições financeiras, foi iniciada na segunda-feira (1º). A expectativa do mercado é que a troca de informações aqueça a disputa dos bancos por clientes, explica Ivo Mósca, líder do grupo de trabalho de Open Banking na Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Agora o mercado já consegue observar e comparar a precificação de produtos de outras instituições para conseguir fazer uma oferta assertiva para o cliente. Então, já começamos a aumentar o nível de concorrência”, disse em entrevista à CNN nesta terça-feira (2).
Na segunda fase do Open Banking, que será implantada pelo Banco Central (BC) em 15 de julho, os clientes também poderão compartilhar suas informações com as instituições financeiras.
“Hoje, as informações dos clientes estão sendo consultadas por outras instituições, mas ainda não há a possibilidade dos clientes compartilharem seus próprios dados. Isso acontecerá na chamada fase 2. Nesse momento, o cliente vai poder compartilhar seus dados com outra instituição”, explicou Mósca.
Ao autorizar o compartilhamento de informações para os bancos, os usuários terão mais facilidade na hora de trocar de instituição. Ou seja, em vez de levar uma série de documentos até a instituição financeira, apenas a troca de dados entre os bancos permitirá abrir uma conta, por exemplo.
“Toda a informação só pode ser compartilhada com autorização do cliente. O cliente é quem dá o consentimento para fazer compartilhamento dessas informações e ele autoriza o compartilhamento nas instituições que têm esses dados. Então, se tem uma dupla camada de segurança, que é um aspecto fundamental dentro do Open Banking”, detalhou Mósca.