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    OCDE vê recessão global menos severa em 2020 e revisa previsão do PIB do Brasil

    A economia mundial está a caminho de contrair 4,5% em 2020, ante previsão de 6% de queda

    Paula Bezerra, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    A economia global parece estar se recuperando do baque provocado pelo coronavírus mais rápido do que se imaginava há apenas alguns meses graças. É o que mostra uma nova análise da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, na sigla em português) publicado nesta quarta-feira (16). Além da economia mundial, o PIB brasileiro também foi revisado para melhor, de acordo com as novas projeções da OCDE. 

    Segundo o órgão, a melhora nas perspectivas para a China e os Estados Unidos ajudaram a melhorar a projeção para o ano. Diante deste cenário, a organização passou a prever uma recessão global de 4,5% em 2020, ante queda de 6% projetada em junho.

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    Bolsa de Valores de Nova York
    Entrada da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), em Wall Street.
    Foto: Aditya Vyas/Unplash

    Já para o Brasil, a OCDE projetou contração de 6,5% para o ano, uma melhora de 0,9 ponto percentual que a apresentada na estimativa de junho. Quando comparado com a revisão da economia mundial, porém, a melhora do Brasil ficou aquém da nova projeção.

    Para realizar a nova estimativa, a organização explicou que partiu do pressuposto de que surtos locais do novo coronavírus serão mantidos, mas que para combatê-las, serão feitas ações locais, em vez de paralisações nacionais. Isso evitaria um novo isolamento social de grande escala.

    A OCDE disse que as ações de governos e bancos centrais para sustentar as rendas de famílias e empresas ajudaram a evitar contrações piores e devem portanto ser mantidas.

    Além disso, nas novas projeções, a organização também considera que a vacina não estará amplamente disponível até o final do próximo ano. 

    A perspectiva melhor para este ano mascara grandes diferenças entre as principais economias, com os Estados Unidos, China e Europa devendo ter desempenho melhor do que o esperado enquanto Índia, México e África do Sul podem se sair pior enquanto lutam para conter o vírus.

    Tendo sido o primeiro país a experimentar o surto e depois de agir rapidamente para controlar a disseminação, a China deve ser o único país do G20 de potências econômicas a registrar crescimento este ano, com alta de 1,8%, contra projeção em junho de contração de 2,6%.

    Por sua vez, a economia dos EUA, maior do mundo, também deve ter desempenho melhor este ano com contração de 3,8%, contra queda de 7,3% projetada anteriormente.

    Estimativa para 2021

    Para 2021, no entanto, as previsões foram revistas para baixo. Desde que seja evitado que o vírus se dissemine sem controle, a economia global voltará a crescer no próximo ano com uma expansão de 5%, ante previsão em junho de alta de 5,2%, de acordo com a OCDE.

    Entretanto, uma retomada mais forte do vírus ou medidas mais rigorosas para contê-lo podem cortar 2 a 3 pontos percentuais da projeção para 2021, alertou a OCDE.

    Já a estimativa de crescimento do Brasil sofreu um corte de 0,6%, prevendo, então, que o país crescerá 3,6% em 2021.

    Segundo estimativas do Boletim Focus de 14 de setembro, documento que teúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos e divulgado semalmente pelo Banco Central, a economia brasileira crescerá 3,5% em 2021.

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    (Com Reuters)