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    O Disney+ parecia o futuro da Disney, mas a Covid-19 o tornou salvação

    O Disney+ celebra o seu primeiro aniversário nesta quinta-feira (12) – no Brasil a estreia será no dia 16 de novembro – e já se tornou o foco da Disney

    Logo do Disney+: plataforma faz um ano, mas estreia no Brasil somente em 17 de novembro
    Logo do Disney+: plataforma faz um ano, mas estreia no Brasil somente em 17 de novembro Foto: Divulgação/Disney

    Frank Pallota,

    do CNN Business, em Nova York

    No ano passado, o então CEO da Disney, Bob Iger, chamou o Disney +, o serviço de streaming da companhia que ainda estava nascendo, de “uma aposta no futuro desse negócio”.

    Iger estava certo ao dizer que o Disney+ foi uma das mudanças mais significativas da empresa de entretenimento em quase um século. Mas ele estava errado sobre uma coisa: Disney+ não seria o futuro da Disney. O serviço já representa o presente.

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    O Disney+ celebra o seu primeiro aniversário nesta quinta-feira (12) – no Brasil a estreia será no dia 17 de novembro – e já se tornou o foco do reino da mídia da Disney.

    O serviço alcançou mais de 60 milhões de assinantes (uma meta considerada de longo prazo dentro da empresa, mas que foi alcançada em apenas nove meses), hospedou conteúdo que foi indicado para 19 Emmys e apresentou ao mundo o bebê mais fofo da galáxia – o bebê Yoda.

    Basicamente, o Disney + foi uma espécie de graça salvadora para a empresa durante um dos piores anos de sua história.

    A pandemia do novo coronavírus atingiu quase todas as empresas, mas a Disney foi atingida com mais força do que a maioria. Seus parques temáticos e resorts estiveram fechados por meses, suas produções foram paralisadas e os sucessos de bilheteria atrasados.

    Tudo isso levou a grandes demissões na empresa e a questionamentos sobre o futuro da Disney após seu 2019 de belos resultados.

    Mas, embora o resto da empresa estivesse em dificuldades, a Disney + prosperou.

    Um grande lindo amanhã, mas hoje

    Enquanto os consumidores estavam presos em casa, o serviço – que abriga marcas amadas como Disney Animation, Marvel Studios e Star Wars – foi empurrado para a “vanguarda absoluta da empresa”, de acordo com Jeffrey Cole, diretor do USC Annenberg Center.

    “Tornou-se a parte central da Disney”, disse Cole ao CNN Business. “A maioria de nós previu que levaria dois ou três anos para chegar a esses níveis de assinatura a ponte de ser uma importante fonte de receita e se tornar parte da cultura do consumidor. Mas isso aconteceu em meses por causa da pandemia.”

    O impressionante crescimento da Disney+ também empurrou a empresa para o futuro de streaming muito mais rápido do que era planejado inicialmente. A Disney anunciou uma reorganização de seus negócios de mídia e entretenimento no início deste mês para “acelerar ainda mais” sua estratégia de streaming.

    A pandemia forçou a Disney a “girar mais rápido”, disse Trip Miller, investidor da Disney e sócio-gerente do fundo de hedge Gullane Capital Partners.

    “O Disney+ foi a única estrela brilhante no império Disney em 2020”, disse Miller ao CNN Business. “A criação da plataforma Disney + não poderia ter vindo em melhor hora.”

    De certa forma, as estrelas se alinharam. Como disse Miller, “parece metade sorte e metade cérebro, de uma perspectiva de tempo”.

    Para 2021 e além

    Apesar do grande sucesso deste ano, o Disney+ ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser lucrativo.

    O Disney+ pode trazer um prejuízo de US$ 2 bilhões para a sua controladora neste ano e outros US$ 2,2 bilhões no ano fiscal de 2021, de acordo com estimativas da empresa de pesquisa de mídia MoffettNathanson.

    A Disney projeta que o seu serviço se tornará lucrativo em algum momento do ano fiscal de 2024. Michael Nathanson, analista de mídia e sócio fundador da MoffettNathanson, concorda.

    “Acredito que o Disney+ e o resto de seus ativos diretos ao consumidor, como Hulu e ESPN +, são as unidades mais importantes aos olhos dos investidores”, disse Nathanson ao CNN Business. “É uma fonte de crescimento de longo prazo e ajuda a compensar fatores como cortes de assinaturas de televisão à cabo e mudanças no comportamento do público.”

    Mas é importante lembrar que o ano de 2024 parece muito distante quando visto do presente, especialmente considerando que a empresa está tendo grandes batalhas em várias frentes. Não menos importante, suas divisões teatrais e de parques ainda estão sob o cerco de uma pandemia que não parece diminuir tão cedo.

    Embora continuem as preocupações sobre o Disney+ criar conteúdo suficiente para alimentar o apetite dos consumidores, bem como a competição sempre presente de rivais como a Netflix, o primeiro ano do Disney+ pode ser considerada uma história de enorme sucesso.

    Não só ajudou a manter a Disney firme nos anos mais desafiadores, mas também rapidamente preencheu a lacuna entre o que a Disney é e o que a Disney se tornará.

    “Eles estão realmente envolvidos”, disse Nathanson. “A Disney construiu um barco salva-vidas que os ajudará a superar a atual tempestade na mídia tradicional.”

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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