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    Nubank achou o caminho do lucro? Para fundadores, Easynvest pode ser um atalho

    No segundo trimestre, a fintech reduziu o prejuízo em R$ 44 milhões, mas, ainda assim, ficou no vermelho. Tem sido assim desde que fez sua estreia em 2013

    Natália Flach, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A compra da corretora Easynvest não apenas marca a entrada do Nubank no mundo dos investimentos, mas também pode garantir à fintech uma nova fonte de renda. “A vertical de investimentos, na qual existe tanta margem, vai ser um jeito adicional de monetizar uma base bastante grande que a gente já tem”, afirma David Vélez, presidente e fundador do banco digital que tem 30 milhões de clientes.

    Segundo o executivo, o foco da intituição financeira é continuar crescendo — não dar lucro. “É uma decisão estratégica continuar investindo. Mas, se por alguma razão a gente quiser gerar lucro, a gente gera lucro”, diz. No segundo trimestre, o Nubank reduziu o prejuízo em R$ 44 milhões, mas, ainda assim, ficou no vermelho. Tem sido assim desde que o banco digital fez sua estreia em 2013.

    A aquisição da Easynvest ainda precisa passar pelo crivo do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor da operação não foi divulgado. “Parte foi pago com ações do Nubank. Vários executivos da Easynvest e da Advent (que era o maior fundo investidor na corretora) passam a ser investidores do Nubank”, afirma.

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    A outra parte veio de uma captação de US$ 300 milhões feita há alguns meses. “Quando fizemos a captação já estávamos pensando em oportunidades que poderiam aparecer durante a crise. Naquele momento, as conversas com Easynvest ainda estavam no começo”, lembra.

    Sobre novas aquisições, Vélez desconversa. Diz apenas que são mais exceção do que regra — apesar de a Easynvest ter sido a terceira compra de 2020. “O nosso foco é fazer os produtos dentro de casa e vamos continuar com esse viés.”

    Demanda não falta. “O perfil do nosso cliente está cada vez mais se aproximando ao do brasileiro médio, à medida que a gente expande o nosso portfólio. O que vimos no contexto da pandemia foi a aceleração da adoção de tecnologia e de soluções digitais por mais pessoas, seja pela necessidade de não se expor, de não ir a agência ou de não pegar no dinheiro físico. E isso não tem volta”, afirma.

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