Novo ministro terá que fazer leilão do 5G e privatizar Correios
Ministério das Comunicações engloba dois setores bastante relevantes da economia : a radiodifusão e as telecomunicações
Renovar concessões de TV, fazer o leilão da tecnologia do 5G e privatizar os Correios. Esses são alguns dos desafios do novo ministro das Comunicações, o deputado Fabio Faria (PSD-RN).
Recriado nesta terça-feira (10) pelo presidente Jair Bolsonaro, o Ministério das Comunicações engloba dois setores bastante relevantes da economia: a radiodifusão e as telecomunicações. Só esse último ramo tem um faturamento anual de R$ 250 bilhões.
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Na radiofusão, caberá ao próximo titular da Pasta instruir os processos de renovação de concessões de televisão e rádio, que é referendado pelo Congresso. Bolsonaro já sugeriu, por exemplo, que poderia não renovar a concessão da TV Globo.
Ainda nessa área é preciso finalizar a migração da TV analógica para a digital, o que já foi feito nas capitais e algumas grandes cidades do país, mas o processo ainda não está completo no interior.
No setor de telecomunicações, o novo ministro precisa regulamentar a nova lei das telecomunicações e tentar fazer o leilão da tecnologia 5G. O certamente é bilionário e envolve um imbróglio diplomático com China e Estados Unidos.
O presidente americano Donald Trump tem pressionado o governo brasileiro a não permitir que as operadoras de telefonia móvel que participem do leilão comprem a infraestrutura da gigante chinesa Huawei.
O argumento dos EUA é que haveria risco de espionagem industrial, já que a tecnologia 5G vai ser aplicada nos mais diversos sistemas tecnológicos, inclusive alguns vitais para a segurança do país. A China nega as acusações.
Executivos de operadoras ouvidos pela reportagem dizem que excluir a Huawei como fornecedora encareceria a tecnologia no Brasil. Segundo essas fontes, os componentes oferecidos pela empresa chinesa são significativamente mais baratos do que os fornecidos pelas concorrentes Ericssom e Nokia.
E, por fim, outro importante desafio do novo ministro será tocar as privatizações das empresas estatais que ficam sob o seu guarda-chuva. Entre elas, estão os Correios, que o governo Bolsonaro já colocou como prioridade para passar para a iniciativa privada, mas ainda enfrenta dificuldades.