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    Netflix dobrou força de trabalho negra desde 2017, mas precisa de mais latinos

    Empresa admite que tem de fazer a lição de casa quando o tema é adicionar funcionários latinos a seus quadros

    Chauncey Alcorn, CNN Business, em Nova York

    Bridgerton, nova série da Netflix
    Foto: Netflix / Divulgação

    O número de negros trabalhando na Netflix dobrou nos últimos três anos, mas a empresa admite que tem de fazer a lição de casa quando o tema é adicionar funcionários latinos a seus quadros.

    Essas foram apenas duas das revelações feitas na primeira edição do relatório de inclusão da empresa, publicado na quarta-feira (13). Os novos dados demográficos da empresa mostram que sua população de funcionários negros nos EUA cresceu de 3,8% de sua força de trabalho em 2017 para 8% em 2020.

     

    Mais de 18% da população dos EUA é latina, mas os latinos representaram apenas 8% da força de trabalho da Netflix no ano passado, ante apenas 6% três anos atrás.

    “Poderíamos fazer um trabalho muito melhor no recrutamento de hispânicos ou latinos e outras pessoas sub-representadas em todas as áreas de nossa empresa”, escreveram os autores do relatório.

    Presença latina em Hollywood

    A falta de representação latina em Hollywood e no mundo da tecnologia tem sido um problema contínuo. Em 2019, apenas 5% dos papéis com falas nos 100 filmes mais vistos nos EUA foram para atores latinos, de acordo com o último relatório da USC Annenberg Inclusion Initiative, que analisa a diversidade no cinema e na televisão todos os anos. Indivíduos latinos foram o único grupo racial e étnico sub representado em papéis com fala nas telas em 2019, de acordo com o relatório.

    Mais de 9,5% dos líderes da Netflix (NFLX) eram negros em 2020, contra 4,2% em 2017. A liderança latina na empresa no ano passado foi de apenas 4,9%, ligeiramente acima dos 4,5% de três anos atrás.

    No geral, mais de 46% da força de trabalho da Netflix nos EUA e 42% de seus líderes eram negros, latinos, indígenas, do Oriente Médio, asiáticos ou das ilhas do Pacífico em 2020. As mulheres representaram pouco mais de 47% da força de trabalho da Netflix no ano passado.

    Em 2018, a cineasta Rachel Morrison se tornou a primeira mulher na história a ser indicada ao Oscar de melhor fotografia por seu trabalho no filme original da Netflix “Mudhound – Lágrimas sobre o Mississipi”, dirigido por Dee Rees, uma mulher negra. O diretor do documentário “Strong Island”, Yance Ford, tornou- se a primeira pessoa trans a receber um Oscar no mesmo ano.

    Além disso, em 2019 a Netflix teve mais indicações para prêmios do NAACP Image Award (voltado para produções de afroamericanos) e do GLAAD Media Award (da comunidade LGBTQ+) do que qualquer outro estúdio. A empresa diz que também lançou 20 filmes de cineastas estreantes em 2020. Doze desses filmes tiveram diretores não brancos e oito foram dirigidos por mulheres.

    “O que aprendemos sobre diversidade e inclusão é que, além de ser a coisa certa a fazer com toda certeza, também é responsável por nossa capacidade de inovar”, disse Verna Myers, vice-presidente de estratégia de inclusão da Netflix, em um vídeo da empresa sobre sua inclusão esforços. “A visão da minha equipe é equipar todos com lentes de diversidade, o que significa que, enquanto eles fazem seu trabalho, pensam em quem não está nele”.

    A Netflix diz que construir seu canal de talentos com população subrepresentada é a chave para seus planos globais. “Acho que, se quisermos realizar nossas ambições ao redor do mundo, temos que contar histórias que reflitam a população”, disse o co-CEO e diretor de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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