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    “Não há previsão de melhora no preço do diesel”, diz ex-diretor da ANP

    Decio Oddone explicou que a alta dos combustíveis ocorre devido ao aumento no custo de refino, com menos ofertas no mundo após o fechamento de algumas refinarias

    Elis Francoda CNN , em São Paulo

    Pela primeira vez na história, o preço médio do diesel ultrapassou o da gasolina, segundo o boletim de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    Após os reajustes da Petrobras, o valor médio do diesel comum (S-500) chegou a R$ 7,56, enquanto o diesel S-10 foi verificado em R$ 7,67. Em entrevista à CNN neste domingo (26), o ex-diretor da ANP Decio Oddone disse que não há previsão de o preço do diesel arrefecer, em razão da volatilidade no cenário internacional.

    “Não há previsão possível de melhora nesse momento de volatilidade extrema, com a guerra na Ucrânia, a possibilidade de recessão e as restrições que existem de consumo com a China”, disse. “Infelizmente vamos viver com incerteza nos próximos meses”, acrescentou.

    O ex-diretor da ANP explicou que a alta dos combustíveis ocorre devido ao aumento no custo de refino, com menos ofertas no mundo após o fechamento de algumas refinarias.

    “O que está acontecendo nesta crise é que está subindo mais o preço dos derivados do que o preço do petróleo em razão de um fenômeno novo, que é o aumento do custo de refino com o fechamento de refinarias no mundo ao longo dos anos, e a invasão da Ucrânia que afetou a oferta de diesel pela Rússia, um grande fornecedor. Isso impactou as margens das refinarias e o preço dos derivados, especialmente do diesel, que tem subido muito mais que o preço do petróleo em si”, destacou.

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