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    Moody’s diz que acordo da Vale por Brumadinho é positivo por resolver incertezas

    Moody's disse esperar que a Vale realize a maior parte dos pagamentos do acordo nos próximos dois ou três anos

    Placa da Agência Moody's em Nova York, Estados Unidos. 06/02/2013
    Placa da Agência Moody's em Nova York, Estados Unidos. 06/02/2013 Foto: REUTERS/Brendan McDermid.

    Por Gabriel Araujo, da Reuters

    O acordo de R$ 37,69 bilhões da mineradora Vale com autoridades de Minas Gerais para reparações relacionadas ao desastre de Brumadinho é positivo para a avaliação de crédito da empresa, por resolver incertezas quanto uma disputa judicial por danos coletivos gerados pelo incidente, disse a agência de classificação de riscos Moody’s nesta sexta-feira (5).

    Em nota, a Moody’s destacou que a Vale possui uma alavancagem muito baixa e forte liquidez, o que faz com que os pagamentos remanescentes em dinheiro referentes ao acerto possam ser realizados sem impactar métricas-chave de crédito.

    A agência disse ainda que o rating que atribui à Vale não foi impactado, acrescentando que a empresa precisa ainda apresentar um histórico de forte controle de riscos e governança ambiental.

     

    A Moody’s disse esperar que a Vale realize a maior parte dos pagamentos do acordo nos próximos dois ou três anos, citando o foco da companhia na reparação dos danos.

    Embora o acerto com autoridades não inclua pedidos de indenização individual pelo desastre, que deixou centenas de vítimas, a Moody´s disse estimar que isso não terá maior impacto sobre a empresa, uma vez que ela já assinou um número significativo de acordos individuais, com mais de 9 mil pessoas.

    “Não esperamos quaisquer desembolsos materiais relacionados a acordos individuais além dos valores já provisionados”, afirmou a agência de risco.

    A Moody´s também não espera efeitos significativos sobre a liquidez da companhia devido aos pagamentos esperados associados diretamente com Brumadinho.

    O acordo da Vale com as autoridades mineiras foi anunciado na quinta-feira, pouco mais de dois anos depois do colapso de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho, que causou cerca de 270 mortes e impactos ambientais.