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    À CNN, ministro de Minas e Energia afirma que não há risco de racionamento

    Bento Albuquerque indicou que as tarifas extras sobre a conta de luz, acionadas em períodos de seca, não devem ser retiradas antes de outubro

    Da CNN, em São Paulo*

    O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reafirmou nesta terça-feira (1), em entrevista à CNN, que o governo não vê risco de racionamento energético no país, em meio à profunda crise hídrica que atinge as principais hidrelétricas do país

    “Não há risco de racionamento de energia. Foi mencionado o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que é presidido pelo Ministério de Minas e Energia; esse monitoramento visa garantir a segurança energética do país, com a geração de menor custo, e é realizado 365 dias por ano, 24 horas por semana”, afirmou. 

    Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
    Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
    Foto: CNN Brasil (3.mai.2021)

    O comitê de monitoramento é um corpo formado por representantes dos diferentes órgãos do governo voltados para o abastecimento energético, e tem tido as reuniões intensificadas nas últimas semanas conforme a preocupação com a situação dos reservatórios piora. 

    O ministro não cravou previsões de quando a tarifa de energia elétrica pode voltar a baixar –as contas residenciais, desde este mês, estão sob a bandeira vermelha 2, que é acionada nos períodos de menor chuva e que acrescenta uma tarifa extra mais cara sobre a conta de luz. Ele indicou, porém, que as tarifas extras não devem ser retiradas antes de outubro.  

    “Não podemos afirmar isso [quando a conta de luz voltará a cair], 37% da tarifa é o custo de geração de energia e ele varia de acordo com a fonte. Se é geração hidráulica, é mais barata; mas se termelétricas, é mais cara”, disse. Como os reservatórios de algumas das principais hidrelétricas do país estão nos menores níveis em 20 anos, o governo está acionando energia reserva, gerada por termelétricas a gás ou óleo combustível, para complementar o consumo. 

    “Agora, até pela crise hídrica, temos que preservar nossos reservatórios e temos que gerar energia usando as térmicas mais caras. Mas estamos trabalhando com essas medidas para chegar ao final do ano com reserva de potência e entrar no período úmido, em outubro, em melhores condições. Aí, sim, as tarifas podem ser reduzidas.”

    *Com texto de Juliana Elias