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    Mesmo com flexibilização, escritórios continuam com home office no Brasil

    As principais dificuldades apontadas pelos gestores para a retomada são disponibilizar testes de Covid-19 na empresa e garantir o distanciamento social

    Adriana de Luca, Bruno Laforé e Marcelo Sakate, , da CNN em São Paulo

    Uma pesquisa realizada pela Mercer Marsh Benefícios, empresa de gestão de saúde empresarial, em parceria com a consultoria Mercer, especializada em carreiras e remuneração, obtida com exclusividade pela CNN, mostra que mesmo com a permissão para a retomada das atividades em escritório em grande parte do país, 43% das empresas ainda não voltariam ao trabalho presencial, nem definiram data para o retorno dos funcionários.

    No escritório de um banco em São Paulo, 90% dos colaboradores ainda estão home office e a empresa não pretende retomar tão cedo. 

    “O home office se provou muito eficiente, e essa é uma forma de cuidarmos da saúde dos nossos colaboradores”, disse Rafael Brazão, head de RH do C6 Bank.

    O estudo (online) ouviu cerca de 300 grandes e médias empresas nacionais e multinacionais, de 4 a 12 de maio. A maior participação foi de bancos, instituições financeiras e empresas de tecnologia.

    Mesmo depois das medidas de flexibilização, 43% das empresas ouvidas ainda estão planejando retorno das atividades presenciais. Por outro lado, 50% já retomaram. As demais já definiram a data da volta, que ainda não aconteceu.

    Para conter os riscos de contaminação pelo novo coronavírus entre os trabalhadores, 75% das empresas já mapearam quais são os funcionários que estão no grupo de riscos. 

    Em relação aos critérios utilizados para identificar e selecionar os trabalhadores que irão retornar, 46% vão priorizar funcionários sem familiares que estão no grupo de riscos de contaminação pelo vírus e 38% aqueles sem histórico da doença. 

    O estudo traz ainda os principais protocolos de segurança no ambiente de trabalho: 65% vão aferir a temperatura corporal e 31% farão entrevistas para identificar possíveis sintomas. Foi identificado também que 84% fornecerão equipamentos de proteção individual (EPIs) – máscaras, luvas e frascos individuais de álcool em gel dentro das fábricas, comércios e escritórios.

    Mariana Dias Lucon, diretora da Mercer Marsh Benefícios, disse à CNN que outra ação observada pela pesquisa foi o investimento das empresas em relação a saúde mental dos colaboradores “76% das empresas incluíram nos seus pacotes de benefícios, ações relacionadas ao apoio da saúde mental”.

    Quem já retornou ao trabalho diz que a rotina mudou com o escritório vazio. “Queria dar um abraço no meu colega de trabalho, depois de três meses de home office, mas não podemos, né”, lamenta a head de finanças Karina Rodriguês.

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