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    Dólar fecha a R$ 4,82 e Ibovespa encerra de lado após divulgação de ata do Fed

    Moeda norte-americana valorizou 0,17%, enquanto o principal índice da B3 terminou aos 110.579,81 pontos

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business* , em São Paulo

    O dólar fechou em alta de 0,17%, cotado a R$ 4,821, nesta quarta-feira (25), com os investidores repercutindo a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, em maio.

    A ata trouxe poucas novidades em relação aos próximos passos do ciclo de alta de juros do país e de redução do balanço de compra de títulos pela autarquia. Como já sinalizado antes, a maioria dos membros do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Fed julgou que altas de 0,5 ponto percentual nos juros em junho e julho seriam apropriadas.

    O Ibovespa, por sua vez, encerrou o pregão estável, com variação de 0%, aos 110.579,81 pontos, após reduzir nas últimas horas da sessão um movimento de baixa com a divulgação da ata da autarquia.

    Ao longo do dia, o índice também foi puxado para baixo pelo mau desempenho das ações de bancos, viagens e varejo. Já na ponta positiva estavam papéis do setor de saúde e petróleo, incluindo a Petrobras, que se recupera após a queda na véspera.

    Nesta sessão, o Banco Central fez leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2022. A operação do BC pode ajudar a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.

    Na terça-feira (24), o dólar teve alta de 0,11%, a R$ 4,813. Já o Ibovespa caiu 0,21%, aos 110.580,79 pontos.

    Pessimismo global

    O instigador mais recente da aversão global a riscos foi a alta de juros nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

    Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança, mas prejudica as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

    Junto com uma série de elevações de juros pelo mundo, os lockdowns na China para tentar conter a Covid-19 aumentaram as projeções de uma forte desaceleração econômica, e até risco de uma recessão global, prejudicando os mercados e aumentando a aversão a riscos de investidores.

    Entretanto, com a perspectiva de que essas restrições possam ser retiradas em junho, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores, o que voltou a favorecer exportadores de commodities e alivia uma parte das pressões sobre o real.

    *Com informações da Reuters

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